O Índice DXY, que mede a força da divisa em relação a outras concorrentes mundo afora, recuou 0,05% ao final do pregão
Por Raphael Pati Via Correio Braziliense
O dólar atingiu, nesta quarta-feira (2/7), o nível mais baixo desde o mês de agosto do ano passado. Com uma desvalorização de 0,74% no dia, em relação ao real, a moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,42. Ao mesmo tempo, o Índice DXY, que mede a força da divisa em relação a outras concorrentes mundo afora, recuou 0,05% ao final do pregão, aos 96,77 pontos.
Para o economista-chefe da Bluemetrix Asset, Renan Silva, após um período de retaliações mútuas e intensas entre Estados Unidos e China, o acordo anunciado em maio pelos dois países parece ter acalmado os ânimos, o que contribui para a queda do dólar. O analista ainda lembra que o real é uma das moedas mais valorizadas no mundo em 2025. No primeiro semestre do ano, a divisa brasileira foi a 8ª que mais se valorizou, com 12,3% de crescimento.
“Também contribuiu ainda para esse arrefecimento, a redução das tensões geopolíticas e do lado aqui do Brasil, nós temos alguns fatores domésticos que incomodam, mas que têm agora uma certa previsibilidade, como, por exemplo, a isenção do Imposto de Renda enviado ao Congresso, sem surpresas, isso aí gerou uma certa estabilidade”, destaca Silva.
Nesta quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um novo acordo tarifário com o Vietnã, por meio da rede social Truth Social. Ele informou que o acordo com o país asiático – representado pelo secretário-geral do Partido Comunista, Tô Lâm, durante as negociações – envolve uma taxa de 20% sobre todos os produtos enviados pelo Vietnã aos Estados Unidos, além de uma tarifa de 40% sobre qualquer transbordo de mercadorias. Por outro lado, o país comunista teria confirmado isenção de taxa para qualquer produto importado de origem dos EUA.
Com o acordo anunciado por Trump, as bolsas nos Estados Unidos fecharam mistas, com o Dow Jones registrando uma leve queda de 0,02%, enquanto que Nasdaq e S&P 500 encerram o dia com altas de 0,94% e 0,47%, respectivamente.
No Brasil, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa B3) fechou o pregão com baixa de 0,36%, pouco acima dos 139 mil pontos, mesmo com as ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) registrando ganhos mais fortes.
O fiel da balança, nesse caso, foram os bancos, que puxaram a bolsa para o vermelho. Os papeis do Bradesco (BBDC4) recuaram 1,82%, enquanto que as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) perderam 0,81%.
© ClubeFM 2021 - Todos os direitos reservados