

Tricolor conquistou os três pontos com gol de falta do lateral-esquerdo Renê. Flávio de Oliveira, árbitro da partida, teria admitido o erro na marcação da infração aos jogadores do Vozão no final do primeiro tempo
Por Correio Braziliense
O Fluminense somou mais três pontos no Brasileirão e retornou ao G-6 após mais de três meses fora do recorte. O reencontro com a parte de cima da tabela veio com “juros”, após vitória sobre o Ceará no Maracanã, em duelo adiado da 12ª rodada. A partida chegou a correr risco de novo adiamento, devido à megaoperação da Polícia Militar e do caos instaurado no Rio de Janeiro. Nas arquibancadas, o modesto público de 12.780 pessoas presenciou um jogo travado, com erros técnicos e polêmicas provocadas pela arbitragem de Flávio de Oliveira. Renê foi o autor do único gol da noite, em bela cobrança de falta aos 26 minutos do primeiro tempo.
O tricolor manteve maior presença ofensiva durante o primeiro tempo, mas esbarrou nas próprias limitações criativas. Apesar da posse de bola e da insistência em propor o jogo, a equipe encontrou um Ceará bem postado, compacto e disciplinado defensivamente. A dificuldade em furar o bloqueio alvinegro ficou evidente: apenas uma finalização certa em toda a etapa inicial. Em uma das poucas chegadas com perigo, o Flu chegou a balançar a rede com Freytes, após cruzamento de Lucho Acosta, quando o relógio apontava 20 minutos. No entanto, o zagueiro estava em posição irregular e o gol foi corretamente anulado. Inconformado, Lucho reclamou com veemência, acabou punido com cartão amarelo e estará de fora da próxima rodada.
O Ceará tentava explorar os espaços deixados pelo adversário nos contra-ataques, mas não conseguia encaixar as investidas. Mesmo com menor ímpeto ofensivo, o alvinegro finalizou mais do que o tricolor. Cinco minutos após o gol anulado, o Fluminense abriu o placar em lance cercado de polêmica. O árbitro Flávio de Oliveira marcou um toque de mão do zagueiro Marllon, na entrada da área. A torcida do Vozão chegou a torcer para que o suposto lance fosse dentro da área, o que obrigaria interferência do VAR, mas, por centímetros, a jogada ocorreu fora. Sem nada a ver com isso, Renê colocou a bola na gaveta do goleiro Bruno Ferreira. Após o fim da etapa inicial, segundo os jogadores cearenses, o juiz “confessou” ter se equivocado na marcação da falta.
No segundo tempo, a pressão aumentou vinda das arquibancadas e o Fluminense respondeu com mais intensidade. Apesar da manutenção dos erros técnicos, o time passou a ocupar mais o campo de ataque e criar com maior frequência. Lucho Acosta, Keno e Cano — os dois últimos acionados por Zubeldía durante a etapa final — tentaram ampliar, mas sem oferecer grande perigo. A chance mais clara saiu dos pés de Canobbio, em chute que explodiu na trave. A partir dali, o Tricolor tomou o controle da partida e encurralou o Ceará. Os cearenses só foram “acordar” para reagir nos minutos finais e acumularam chegadas perigosas, mas sem conseguir superar o goleiro Fábio.
Fluminense 1 x 0 Ceará
Série A do Campeonato Brasileiro (12ª rodada, jogo atrasado)
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Flávio de Oliveira
Público e renda: 11.655 pagantes, 12.780 presentes e R$ 473.244,00
Fluminense — Fábio; Samuel Xavier, Thiago Silva, Freytes e Renê; Hércules (Bernal), Martinelli, Lucho Acosta, Serna (Keno) e John Kennedy (Cano). Técnico: Luís Zubeldía
Cartões amarelos: Fábio, Renê, Bernal, Lucho Acosta, Riquelme Felipe e Luís Zubeldía
Gols: Renê, aos 26 minutos
Ceará — Bruno Ferreira; Fabiano Souza, Marllon, Willian Machado e Matheus Bahia; Zanocelo, Lourenço (Richardson) e Vina (Lucas Mugni); Galeano (Aylon), Fernandinho (Paulo Baya) e Pedro Raul (Pedro Henrique). Técnico: Léo Condé
Cartões amarelos: Richardson e Pedro Henrique

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