Filho admitiu ter assassinado a professora Soraya Tatiana após briga motivada por dívidas de apostas
Matteos França Campos, de 32 anos, passará por audiência de custódia na tarde deste domingo (27/7), em Belo Horizonte. Ele foi preso temporariamente nessa sexta-feira (25/7), apontado como o principal suspeito de assassinar a própria mãe, a professora de história Soraya Tatiana Bonfim França, de 56.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a audiência de custódia é um procedimento obrigatório em casos de prisão em flagrante. Nela, o suspeito é apresentado a um juiz, que avalia a legalidade da prisão e decide se ele deve permanecer preso preventivamente, ser solto ou receber alguma medida cautelar.
Em coletiva de imprensa realizada nessa sexta, a Polícia Civil informou que o suspeito confessou ter matado a mãe durante uma discussão, motivada por dívidas geradas por apostas esportivas. O crime teria ocorrido na noite da sexta-feira anterior, em 18 de julho, no apartamento onde os dois viviam.
À delegada Ana Paula Rodrigues de Oliveira, do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele relatou que estava em colapso financeiro por causa do vício em jogos, o que o levou a contrair empréstimos e se endividar. A polícia concluiu que a morte ocorreu por esganadura, termo técnico que designa a asfixia provocada com as próprias mãos.
Entre a noite do crime e o domingo (20/7), Soraya foi tratada como desaparecida. Matteos registrou boletim de ocorrência pelo desaparecimento na noite de sábado (19/7) e chegou a relatar à Polícia Militar que havia checado as câmeras do prédio e não encontrou imagens da professora saindo de casa, nem a pé nem de carro.
Imagens de segurança começaram a ser coletadas por pessoas próximas à professora, que estranharam o sumiço repentino. O corpo de Soraya foi encontrado na manhã do domingo (20/7) debaixo de um viaduto no Bairro Conjunto Caieiras, em Vespasiano, na Grande BH.
Mesmo após o crime, o suspeito esteve presente no velório e sepultamento da mãe, no Cemitério da Paz, na Região Noroeste de Belo Horizonte, dois dias após a descoberta do corpo. Na ocasião, chegou a dar entrevista à reportagem: “Não consigo expressar o que estamos sentido de outro jeito que não seja perdidos e devastados”, disse ao EM.
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