Religioso pediu para que autoridades e órgãos de controle de animais tomem medidas em relação aos cachorros que ficam na igreja
Por Maria Dulce Miranda via EM
Um apelo feito pelo Padre Acúrcio de Oliveira Barros durante uma missa na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Brejo Santo (CE), tem gerado debate nas redes sociais.
O sacerdote solicitou, de forma veemente, que autoridades municipais e órgãos de controle de animais adotem medidas em relação à presença de cães dentro da igreja, alegando preocupações com higiene e respeito ao ritual católico.
“Eu estou muito preocupado com esses cachorros dentro da matriz. Não é possível a gente continuar assim,” afirmou o padre, pedindo “encarecidamente” a intervenção de quem for responsável pelo “departamento de zoonoses, cachorro terapia, esses bichos”.
O ponto central da preocupação do Padre Acúrcio é o risco durante a Comunhão. Ele alertou para a possibilidade de um cão consumir a hóstia consagrada caso caia no chão, o que classificou como um “problema sério, seríssimo”.
“Não é possível a gente ficar dando a comunhão e o cachorro ladeando a gente, rodando. Se porventura um Corpo de Cristo cair no chão, seguramente o cachorro vai comer,” disse.
Além disso, ele defendeu que a igreja, sendo um local onde se consome a Eucaristia, deve manter a salubridade: “Não pode ter um cachorro deitado com carrapato, sangrando no pé do altar. Isso é questão de higiene pública,” comparando a necessidade de limites para os animais com a educação de crianças.
O padre também esclareceu que não é contra os animais, afirmando que já criou “vários cachorros e gatos”, mas reiterou que a igreja não pode ser um espaço de acolhimento irrestrito para eles. “Outro dia uma pessoa me disse que o maior pecado dela é quando vê alguém trazer cachorro dentro da igreja… Não é que eu tenho nada contra cachorro, gosto, mas a gente tem que ter limite,” concluiu.
O posicionamento do sacerdote gerou críticas nas redes sociais, com alguns internautas considerando sua declaração rigorosa demais em relação aos animais. “Eu pedi que meus fiéis pudessem adotar. Haviam vários. Tem só um agora. Aguardando alguém adotar. Penso que deixar na rua é abandono também. Logo deixá-los soltos é falta de cuidado”, opinou outro padre.
“O padre não conhece São Francisco de Assis”, escreveu um fiel, citando o santo padroeiro dos animais. Por outro lado, outros defenderam o sacerdote. “A questão não é gostar de animais como muitos comentam. Há um lugar pra cada coisa. Tem cachorro que certamente não causaria nenhum problema, mas nem todos são iguais. Por isso o melhor que eles fiquem em casa”, disse um internauta.
“Está difícil conviver, as pessoas perderam completamente o rumo e a insanidade tomou de conta da metrópole ao interior. Animal foi equiparado a gente… Já pensou, o padre ter dificuldade de administrar a própria casa de Deus, pela qual ele é o responsável, porque até quem não é católico quer opinar e interferir! Total apoio e minhas orações por esse padre”, dizia outro comentário.
© ClubeFM 2021 - Todos os direitos reservados