Na noite da última quarta-feira (10), a jornalista Tati Machado retornou ao programa “Saia Justa”, do GNT, e se emocionou ao relembrar os últimos meses de sua vida pessoal, marcados pela perda de seu primeiro filho, Rael. A apresentadora contou que, em meio ao luto, chegou a desejar não ter engravidado, mas destacou que sua visão sobre isso mudou com o tempo.
Logo no início da conversa, ela falou sobre a pausa repentina em sua carreira: “Veio o corte seco, eu estava aqui um dia e, no outro, não estava mais. Eu estava, realmente, no fundo do poço, até mais baixo que o fundo do poço. É ainda um pouco estranho, estou de volta em algo que não planejei, mas muito feliz de estar de volta. Eu tava com muita saudade”, disse.
Na sequência, Tati explicou como o trabalho tem ajudado nesse processo. “Estar de volta é uma forma de ocupar um pouco a minha cabeça, porque chega um momento em que ela fica vazia. Eu sempre trabalhei muito e você pensa: eu me planejei para ter um filho no meu colo, para escutar chorinho, limpar a fralda, eu me planejei para viver isso, e eu não vivi isso, meu colo estava vazio. Voltando agora, depois de 4 meses, entendi que tinha que ficar [longe do trabalho]. Pelo processo do luto mesmo”, relatou.
Ao falar sobre os sentimentos que a acompanham, ela compartilhou: “Eu sinto que estou atravessando esse rio. Com muita consciência de que o primeiro ano é o mais difícil, que tem data, são as primeiras coisas: primeiro ano, primeiro Dia dos Pais que passamos eu e Bruno, os mesversários, quanto tempo teria. É muito forte”, afirmou.
“Então, sinto que estou atravessando [o rio]. A ponto de, no começo, falando do antes, eu cheguei a botar pra fora de que nunca queria que tivesse acontecido. Não em um lugar de que queria que fosse um pesadelo e eu acordar, claro que isso eu também queria, mas eu queria nunca ter ficado grávida. Eu falava pro Bruno ‘eu nunca queria ter ficado grávida pra passar por isso tudo’”, disse.
Mais adiante, a apresentadora explicou que hoje encara a situação de outra forma. “E, aí, hoje, no meu depois, eu digo com a maior tranquilidade que se eu soubesse, se me avisassem ‘olha, Tati, quando você chegar em 34 semanas, você vai sentir que seu bebê parou de mexer, você vai parar no hospital por causa disso e sua vida vai virar de cabeça pra baixo’, eu faria tudo de novo. Mesmo que terminasse da mesma forma, porque nunca faltou amor”, afirmou.
Encerrando sua participação, a jornalista destacou: “Em dado momento da nossa vida, faltou tudo: chão, ar, vontade de viver, de acordar, de tudo. Mas nunca, nesses 9 meses, faltou amor”.
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