Adriane Galisteu falou novamente sobre o romance que viveu com Ayrton Senna e os desentendimentos que surgiram com os parentes do piloto. Em depoimento à série documental “Barras Invisíveis”, a apresentadora relembrou traços da personalidade de Senna que, segundo ela, não eram conhecidos do grande público, e comentou como isso influenciava a maneira como sua família o enxergava.
“A gente tem a obrigação de manter esse cara vivo. Todo mundo conhecia o piloto, o gênio, o dedicado, mas aqui a gente sabia como ele era fora das pistas. Senna era engraçado, simples. Ele era melhor ainda fora das pistas. Era também ciumento, ariano, briguento…”, disse ela, no quinto episódio da produção.
Passadas três décadas, Galisteu afirmou que suas lembranças ao lado de Senna ainda geram reações negativas por parte dos familiares. “Sofro um apagamento não é de agora. É da vida inteira. Mas eles não vão conseguir me apagar. Podem contar uma história muito diferente da que eu vivi, mas eu estou viva para contar a minha versão. Quem viveu com o Senna 24h, dormiu, acordou, se divertiu, chorou, fomos eu e ele. Podem fazer o que quiser. Vou continuar sendo indigesta (ao falar) e está tudo bem”, declarou.
Refletindo sobre o tempo em que conviveu com o piloto, Adriane sugeriu que os incômodos da família talvez estejam ligados ao fato de terem conhecido apenas um lado dele. “A família só sabia lidar com o Ayrton focado, metódico, sério, que só usava a roupa do patrocinador, com a mãe que fazia a mala dele. Nesse um ano e meio que ficamos juntos, vimos a família dele três vezes. Nos reencontros, Ayrton estava com cabelo grande, barba por fazer… No auge da minha maturidade hoje, sei o quanto isso mexeu com eles. Porque eles conheciam um Senna de um jeito, e ao me conhecer, ele ficou de outro”, lembrou.
Ela também mencionou um episódio de atrito com a irmã do ídolo nacional. “A gente estava em Angra dos Reis, eu comentei com o Ayrton que os sobrinhos tinham entupido a privada, porque estavam aprontando. E ele discutiu com as crianças. A irmã dele me disse com todas as letras: ‘Ele é um tricampeão mundial, não é homem para resolver problemas normais’. O Senna amou esse momento de poder exercer o papel de tio, de fazer algo comum. Ele falou isso para mim”, contou.
Apesar das divergências do passado, a apresentadora afirmou estar aberta ao diálogo. “Se a Viviane Senna tocar meu telefone agora e pedir para tomar um café comigo, eu largo tudo e vou lá. Eu gosto de resolver as coisas”, garantiu.
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