Em entrevista à revista Quem, Alice Wegmann abriu o coração sobre sua carreira e relembrou um comentário duro que ouviu de um diretor. No ar em Vale Tudo, a atriz contou como lida com críticas ao seu trabalho hoje em dia e revelou um período delicado em que sofreu de burnout e depressão.
No bate-papo, a atriz, que também foi ginasta, contou que, desde muito cedo, já era pressionada a entregar bons resultados. Foi nesse contexto que ela mencionou a lembrança dolorosa de quando foi destratada. “Já fui chamada de incompetente na ginástica quando eu tinha 6, 7 anos. Um diretor uma vez gritou ‘essa menina é uma retardada, não consegue aprender a fazer tal coisa’”, relembrou.
Alice explicou que, por muito tempo, se cobrava muito em seu trabalho. Hoje, no entanto, afirma que encara a profissão de maneira mais leve e saudável. “Antes, se eu fazia uma cena que considerava que era ruim, ficava remoendo, triste, ia para casa chateada. Hoje em dia é tipo ‘beijo, tchau vou sair para jantar, vou encontrar meus amigos’”, contou. “É uma grande vitória, eu estou muito mais relaxada com quem eu sou e me levo menos a sério também”.
A intérprete de Solange Duprat também comentou sobre os desafios de lidar com críticas nas redes sociais e fez uma recomendação para quem se sente fragilizado com a exposição. “É muito cruel fazer novela com a web do jeito que está. Se você é uma pessoa que vai se fragilizar com o comentário que fazem sobre você, é melhor não ler nada, desativar tudo”, aconselhou.
Durante a entrevista, Alice ainda revelou ter enfrentado um período de burnout e depressão após concluir a série Onde Nascem os Fortes. Ela descreveu a sensação de esgotamento físico e emocional que sentiu na época. “Fiquei muito cansada, fazia Onde Nascem os Fortes e depois que acabou a série, eu fiquei num vazio, porque foi a primeira vez que eu fiquei sem nada para fazer na minha vida”, lembrou.
A artista comparou a experiência a uma espécie de luto, explicando como foi difícil lidar com a ausência repentina de uma personagem que a acompanhou durante tanto tempo.
“Foi um luto, como se perdesse a sua melhor amiga, porque você convive com aquela personagem seis dias por semana durante quase um ano e aí do nada ela desaparece. E teve esse momento de pausa, que eu nunca tinha tido e eu não sabia como lidar”, contou.
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