Agência Nacional de Vigilância (ANVISA) Sanitária aprovou o registro da vacina
Por Redação
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro definitivo da primeira vacina contra a chikungunya no Brasil. Desenvolvido pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica Valneva, o imunizante está autorizado para uso em pessoas acima de 18 anos.
A decisão foi publicada nesta segunda-feira (14), no Diário Oficial da União, marcando um passo histórico no combate à doença que tem afetado milhares de pessoas no mundo.
Em 2024, mais de 620 mil casos de chikungunya foram registrados globalmente, com maior incidência no Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia.
A vacina apresentou altos níveis de eficácia em estudos clínicos de fase 3 realizados com adolescentes brasileiros. De acordo com os dados publicados na revista científica The Lancet Infectious Diseases em setembro de 2024:
Os efeitos colaterais observados foram, em sua maioria, leves ou moderados, com destaque para dor de cabeça, dores no corpo, fadiga e febre.
Apesar da aprovação, o início da vacinação no país ainda depende de etapas complementares. O Instituto Butantan está desenvolvendo uma nova versão do imunizante com insumos nacionais, o que facilitará a produção e viabilizará a inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Para que a vacina seja incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), será necessário o aval da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), além da análise de outras autoridades de saúde pública.
A aprovação definitiva pela Anvisa é um marco importante, especialmente diante da expansão da chikungunya no território brasileiro.
Com mais esse avanço, o país dá um passo fundamental rumo à prevenção de uma doença que pode causar dor crônica nas articulações e impacto significativo na qualidade de vida da população.
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