Mais de 30 anos depois de seu sucesso original, Vale Tudo retorna à TV Globo nesta segunda-feira, 31 de março, com uma nova abordagem.
A autora Manuela Dias assume a missão de atualizar a clássica história criada por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, mantendo a essência da trama, mas trazendo adaptações para o público atual.
O remake preserva a narrativa central, mas traz alterações importantes para refletir as mudanças dos tempos. Confira algumas das principais novidades:
Diferente da versão de 1988, onde Maria de Fátima (Glória Pires) chegava ao Rio de Janeiro já no primeiro episódio, agora sua mudança acontece apenas no segundo capítulo. Esse ajuste cria um suspense maior e distribui melhor os acontecimentos.
Se na versão original a protagonista vivida por Regina Duarte sofria uma agressão sem revidar, agora, interpretada por Taís Araújo, Raquel se defende e responde com firmeza. Essa mudança reforça sua força e resistência desde o início da história.
Enquanto no passado o relacionamento entre Maria de Fátima e César (Carlos Alberto Riccelli) se desenvolvia de forma gradual, nesta nova versão o casal, interpretado por Bella Campos e Cauã Reymond, já vive um momento de alta tensão no primeiro capítulo, mostrando desde cedo as intenções da personagem.
Algumas falas foram reformuladas para ficarem mais alinhadas ao público de hoje. Por exemplo, quando Fátima menciona um fazendeiro que tentou seduzi-la, a referência a Mickey Rourke foi substituída por “um galã de novela”, tornando a cena mais próxima da realidade atual.
Algumas mudanças foram feitas para refletir o contexto atual. O fazendeiro argentino da versão original agora é uruguaio, e a mercadoria que César tenta trazer ilegalmente do Paraguai deixou de ser um videocassete para se tornar uma máquina fotográfica.
Heleninha (Paolla Oliveira), personagem que enfrenta o alcoolismo, não passará por um processo de emagrecimento forçado, ao contrário da versão original. Todas as menções à perda de peso foram retiradas para evitar reforçar discursos problemáticos.
O poderoso empresário Marco Aurélio (Alexandre Nero) deixa de ser comparado diretamente a Hitler, como acontecia na versão de 1988. Agora, ele é retratado como um executivo frio e calculista, sem essa referência específica.
Entre os personagens que existiram na primeira versão e agora foram excluídos do remake estão: Íris (Cristina Galvão), que se apaixonava por Poliana (Pedro Paulo Rangel); Dona Pequenina (Lourdes Mayer), que era a avó de Íris, Maria José (Zezé), a empregada no apartamento de Bartolomeu (Claudio Correa e Castro); e Marília (Bia Seidl), que surgia na trama como namorada de Laís (Cristina Prochaska) após a morte de Cecília (Lala Deheinzelin). Desta vez, Cecília não vai morrer.
Jorginho, vivido por Rafael Fuchs, será fruto de um breve romance entre Lucimar (Ingrid Gaigher) e Vasco (Thiago Martins). Na trama original, os papéis foram de Maria Gladys e Paulo Rezende. Desta vez, o casal ganhará mais espaço, especialmente por conta das dificuldades do filho na escola.
Outra mudança envolve o personagem Gildo (Fernando Almeida). Agora, a autora transformou o papel em Gilda, interpretada pela estreante Leticia Vieira. A jovem, assim como na história original, é acolhida por Raquel depois de tentar roubá-la.
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