Por Correio Braziliense
A Casa Branca já informou nesta quarta-feira (30/1) o resgate de 30 corpos, após a colisão entre um avião de passageiros da American Airlines e um helicóptero militar na noite de quarta-feira (29/1) em Washington. Segundo as autoridades, não há expectativas de encontrar sobreviventes.
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta, o chefe do Departamento de Incêndio e Serviços de Emergência dos Estados Unidos, John Donnely Jr., disse que a operação no Rio Potomac, onde caiu a aeronave de passageiros, não é mais de resgate de sobreviventes, mas sim de recuperação de corpos.
“Neste ponto, não acreditamos que exista sobreviventes. Já encontramos 27 vítimas do avião e uma das três do helicóptero. O Instituto Médico Legal está trabalhando em identificar essas pessoas e reuni-las com suas famílias”, afirmou Donnely Jr.
Desde a noite de quarta, mais de 300 socorristas trabalham as águas gélidas do rio Potomac. No momento da queda da aeronave, a temperatura do rio era de 2,2ºC, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).
“Vamos permanecer no local pelo tempo que for necessário”, afirmou a prefeita da capital americana, Muriel Bowser.
Durante a coletiva, o CEO da American Airlines, Robert Isom, disse que a empresa está de “coração partido” pelas perdas de vidas das pessoas que viajavam e trabalhavam com a companhia, bem como os militares que estavam no helicóptero. “Estamos fazendo tudo o que podemos para apoiar os envolvidos na tragédia. Isso é devastador, estamos todos sofrendo”, alegou.
De acordo com Isom, quem busca informações sobre alguma das pessoas que estava no avião deve entrar em contato com o suporte da companhia aérea.
Na noite de quarta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em declaração oficial que está de luto pelo “terrível acidente”. “Que Deus abençoe suas almas. Agradeço pelo trabalho incrível realizado pelos socorristas”, declarou.
Horas depois, na rede social Truth Social, o presidente alegou que o acidente deveria ter sido evitado. “Por que a torre de controle não disse ao helicóptero o que fazer, em vez de perguntar se viram o avião. Esta é uma situação ruim que parece que deveria ter sido evitada”, escreveu.
O avião da American Airlines pousava no Aeroporto Internacional Ronald Reagan, em Washington D.C., enquanto o helicóptero estava em um “voo de treinamento”, conforme informado pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth.
Em um áudio divulgado pelo serviço de tráfego aéreo, os controladores perguntam repetidamente ao helicóptero se estava vendo o avião. Pouco antes da colisão, a Torre de Controle pediu que a aeronave passasse “por trás” do avião de passageiros.
Segundos depois, os profissionais perderam o contato com o helicóptero. “Acabo de ver uma bola de fogo e desapareceu”, descreve um controlador ao colega.
“O helicóptero estava em uma rota padrão. Se você mora aqui, você sabe que sempre há helicópteros subindo e descendo o rio. O voo da American Airlines estava também em uma rota padrão ao chegar em Washington. Não é incomum que aeronaves militares sobrevoem o rio ao mesmo tempo em que aviões se dirigem ao Aeroporto Ronald Reagan”, detalhou o secretário de Transportes, Sean Duffy. De acordo com ele, as causas do acidente estão sendo investigadas.
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