Em agosto, a Aneel estipulou a vigência da bandeira tarifária vermelha no patamar 2, o mais elevado. Saiba qual será o acréscimo
Por Pedro Cerqueira via Estado de Minas
Com o início de agosto, já está em vigor a bandeira tarifária vermelha no patamar 2, o mais alto. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os consumidores terão agora um custo extra de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
“O cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração por meio de hidrelétricas. Esse quadro eleva os custos de geração de energia devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas”, explicou a Aneel.
A partir de dezembro de 2024, devido às condições favoráveis de geração de energia no país, a bandeira tarifária estava verde. Já em maio, a Aneel acionou a bandeira amarela devido ao baixo volume de chuvas, na transição do período chuvoso para o período seco do ano.
Em junho, foi acionada a bandeira vermelha no patamar 1, quando as previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios cumpriram o esperado, apesar de estarem abaixo da média.
“Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a Aneel reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, alertou a agência reguladora.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela Aneel e reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto custa ao Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, estabelecimentos comerciais e indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos a cada 100 kWh consumidos. Na bandeira amarela, o acréscimo é de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
Já a bandeira vermelha possui dois patamares. No primeiro, a tarifa sofre acréscimo de R$ 4,463 para cada 100 kWh consumidos. No patamar 2, o valor passa para R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos.
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