No último domingo (27), o humorista Gui Santana causou revolta nas redes sociais ao ridicularizar alunos de uma escola particular em São Paulo ao ir ao local para votar. Através dos stories do Instagram, o artista criticou os trabalhos escolares dos estudantes e chegou a mostrar fotos de menores de idade. Já nesta quarta-feira (30), o Colégio Notre Dame, situado na Zona Oeste, afirmou que planeja entrar com um processo contra o ator.
Por meio de uma nota, o Colégio Notre Dame chamou a atitude de Gui Santana de “arbitrária, irresponsável, ofensiva e constrangedora”. A diretoria da instituição ainda disse lamentar o ocorrido, além de ter garantido que compartilha da mesma indignação que a família dos alunos. A escola também revelou que está trabalhando, através de meios legais, para que o autor das postagens seja responsabilizado pelo ato.
Durante o último domingo eleitoral, o ex-Pânico na TV mostrou em vídeo alguns dos trabalhos feitos pelos alunos da escola. Algumas das atividades pedagógicas também contavam com fotos de ao menos 16 menores de idade, junto com nome e sobrenome, e o humorista as exibiu sem a autorização prévia dos responsáveis pelas crianças ou da escola. “Mais trabalho tosco aqui da galera. O que é isso aqui? Olha esse aqui, não tem nem vergonha. Olha o tanto de espinha que tem na cara. O que é isso aqui? Cambada de vagabundo. Olha só esse aqui, coisa feia”, ele reclamou da aparência de um deles.
Após a repercussão do caso, o g1 procurou um membro da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB SP, Ariel de Castro Alves, que garantiu que o humorista submeteu os alunos a ridicularização, situação vexatória, constrangedora e humilhante. De acordo com ele, as publicações de Gui Santana podem ser interpretadas como violações aos artigos 17 e 18 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que fala justamente sobre a preservação da imagem do menor de idade, além da proteção à dignidade dele.
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