Nesta sexta-feira (29), a ex-deputada federal Flordelis concedeu uma entrevista dentro da penitenciária e negou mais uma vez ter mandado matar o falecido marido, o pastor Anderson do Carmo. A declaração foi feita durante o concurso de canto para detentas, o “Voz da Liberdade”, promovido pela Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro (Seap-RJ). Em meio a lágrimas, a religiosa disse ter sido a “esposa da Bíblia” e ainda revelou que queria que ele estivesse vivo.
Após o evento, não demorou muito para que a entrevista com Flordelis começasse a circular entre as páginas de notícias. Na gravação é possível ouvir uma mulher perguntando a ex-deputada se ela havia matado o marido. “Não! O meu maior desejo hoje é que ele estivesse vivo para responder as minhas perguntas, as minhas indagações”, explicou ela já chorando.
Em seguida, Flordelis revelou ter sido uma esposa exemplar para o pastor Anderson do Carmo. “Eu sei a esposa que eu fui, eu fui a esposa da Bíblia, eu fui a esposa de Deus. Eu fui a esposa que amava e respeitava, eu nunca retruquei a um mandado dele, respeitava e obedecia tudo o que ele queria”, detalhou ela. A detenta então revelou que sempre respeitou muito o falecido marido porque o tinha como seu pastor. “Ele era o meu sacerdote na igreja e o meu sacerdote em casa também”, explicou.
A pessoa que entrevistava a intérprete da música “Volta por Cima” então perguntou como a cantora gospel enxergava a relação com os herdeiros. Vale lembrar que dois filhos adotivos de Flordelis e Anderson do Carmo também foram condenados pela morte do líder religioso. “Eu deveria ter trabalhado menos, mas como eu queria dar tudo rápido para eles, uma vida melhor…porque a vida roubou muito dos meus filhos”, disse ela.
Embora Anderson do Carmo tenha sido executado a tiros em junho de 2019, Flordelis só foi presa preventivamente em agosto de 2021, após ter tido o mandato cassado pela Câmara dos Deputados e perder o foro privilegiado. Em novembro de 2022, ela foi condenada a 50 anos e 28 dias de prisão pela morte do marido sob a acusação de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosamente armada.
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