“Foi uma morte agônica, hemorrágica, sofrida”, diz perito brasileiro sobre Juliana Marins
Por Danandra Rocha via Correio Braziliense
Em uma entrevista coletiva marcada pela emoção e pela tentativa de esclarecer os detalhes da tragédia, familiares e especialistas envolvidos na perícia do corpo de Juliana Marins apresentaram, nesta sexta-feira (11/7), novos dados sobre o acidente que levou à morte da publicitária no Monte Rinjani, na Indonésia.
Segundo os peritos, Juliana sobreviveu por aproximadamente 32 horas após a primeira queda.
A estimativa foi feita com base em análises entomológicas. O horário estimado da morte foi por volta das 12h15 (horário local) do dia 22 de junho..
“Foi uma morte agônica, hemorrágica, sofrida”, declarou o perito Nelson Massini. Juliana teria caído inicialmente por cerca de 220 metros em um trecho acidentado da trilha, escorregando ao longo de 61 metros até atingir um paredão de rocha e areia. Segundo a irmã, Mariana Marins, depois desse ponto, ela ainda teria escorregado por mais 62 metros antes da queda fatal.
Durante a coletiva, Mariana afirmou que a irmã chegou a pedir ajuda e que foi vista com vida por uma turista espanhola às 7h51 do dia 21. Segundo ela, Juliana ainda conseguiu gritar por socorro.
O último registro de Juliana com vida foi feito por drone às 6h59 (horário da Indonésia) do mesmo dia. A jovem caiu por volta das 17h do dia 20. O primeiro pedido de socorro só foi registrado duas horas e vinte minutos depois. A equipe de resgate deixou a base do parque quatro horas após o acidente.
A autópsia realizada no Brasil confirmou que a causa da morte foram múltiplos traumas provocados por queda de grande altura. No total, Juliana despencou 650 metros de profundidade.
Para Mariana, o que mais pesa é a constatação de que a irmã poderia ter sido salva se o resgate tivesse sido mais ágil e equipado: “A gente estava esperando esse momento do laudo. Agora, a gente vai ver o que fazer a partir de agora”.
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