Cantor sertanejo surpreende ao aparecer entre os primeiros colocados em pesquisa presidencial
Por Djenifer Henz via Correio Braziliense
Conforme a Billboard, Gusttavo Lima pode estar acostumado a liderar paradas musicais, mas agora seu nome também figura entre os principais candidatos à Presidência do Brasil.
Segundo a última pesquisa Genial/Quaest, o cantor sertanejo aparece em terceiro lugar na corrida eleitoral para 2026, com 12% das intenções de voto.
Na frente dele estão apenas o ex-presidente Lula (30%) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (13%).
O dado mais curioso é que, em alguns cenários onde Tarcísio não concorre, Gusttavo Lima chega a ocupar a segunda posição. Isso não apenas demonstra a força de sua popularidade, mas também levanta um questionamento: o Brasil está pronto para um presidente sertanejo?
A ideia de um cantor disputar um cargo político não é novidade no Brasil. Tivemos Tiririca, Agnaldo Timóteo e Netinho de Paula se aventurando nas urnas. Mas um presidente vindo diretamente do mundo da música seria uma revolução.
No início de janeiro, Gusttavo Lima já havia sinalizado nas redes sociais seu interesse em ingressar na política. “Meu anseio é o mesmo de vocês: um país com mais segurança, infraestrutura e amor no coração. Que todos os partidos se unam para realmente fazer um governo em prol do povo brasileiro”, declarou o cantor, deixando claro que sua intenção vai além de um simples desabafo.
E não parou por aí. Poucos dias depois, ele reforçou seu desejo de mudar o Brasil: “O povo precisa de alternativas. Estou cansado de ver gente passando necessidade e sem poder fazer nada. Eu mesmo vim de uma condição bastante humilde e sei como é difícil subir na vida”, disse.
Apesar do entusiasmo, há algumas barreiras burocráticas para que Gusttavo Lima realmente dispute a eleição presidencial. Segundo a Constituição Federal, é necessário ter nacionalidade brasileira, idade mínima de 35 anos e filiação partidária. O cantor já tem 35 anos e é brasileiro nato, mas ainda precisa encontrar um partido que apoie sua candidatura.
Ele mesmo já revelou que está em negociações para se filiar a uma legenda, desde que o partido esteja alinhado com suas ideias. “Sou um empreendedor, sei como fazer a roda girar. O Brasil precisa de menos burocracia para funcionar melhor”, disse em entrevista ao Metrópoles.
A ascensão de figuras populares na política não é exclusividade do Brasil. Nos Estados Unidos, Donald Trump saiu dos reality shows para a Casa Branca. Na Ucrânia, Volodymyr Zelensky passou da comédia televisiva para a liderança do país. O fenômeno das redes sociais vem mudando as dinâmicas eleitorais e possibilitando a entrada de nomes que, em outros tempos, seriam improváveis.
Resta saber se a intenção de Gusttavo Lima é real ou apenas um movimento para fortalecer ainda mais sua presença no imaginário popular. Mas uma coisa é certa: se o Brasil já teve um presidente metaleiro com Collor e um presidente pagodeiro com Lula, talvez um presidente sertanejo não seja tão impensável assim.
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