Arthur nasceu no meio do ano passado com uma condição genética rara e faleceu no último dia 9
Por Redação*
Arthur, filho caçula de Zé Vaqueiro e Ingra Soares, faleceu no dia 9 de julho, após uma longa luta contra uma malformação congênita em decorrência da síndrome da trissomia do cromossomo 13, conhecida como síndrome de Patau. O pequeno não resistiu após 11 meses internado. Nesta quarta-feira (24), Ingra homenageou o filho que completaria 1 ano na data de hoje.
“Hoje o céu está em festa. 1 ano do Arthur. Nos braços do Senhor. Te amarei para sempre. Você permanecerá vivo em meu coração. A gente ainda vai se encontrar, meu bebê. Lá não haverá nenhuma dor e sofrimento”.
A influenciadora emocionou os seguidores ao abrir o coração após a perda do caçula e desabafar sobre como foram os últimos meses.
“Primeiramente, (vim) pra agradecer a vocês, quem torceu, quem orou, quem acreditou junto com a gente no Arthur. Hoje, ele faria um ano (…). Aos poucos, a vida vai continuando. O Arthur vai permanecer vivo no meu coração, no coração do pai. Temos que trabalhar, continuar a vida, cuidar dos outros filhos. Tenho fé de que tudo vai se acalmar, Deus vai confortando, porque esquecer jamais”, disse.
“É uma história de vida muito forte que nós vivemos. Jamais vou esquecer, sempre vou lembrar. Dizer que sigo em paz, eu fiz o que eu tinha que fazer, dei o meu melhor em tudo. Foram momentos muito difíceis na minha casa, só chorava. Mesmo não tendo o que fazer, a gente fazia. Mas meu filho sofreu muito, desde o dia que nasceu até o último dia de vida dele, e dói demais”.
“Hoje, o que mais me conforta é saber que ele descansou, que, com certeza, ele está num bom lugar, que lá não tem dor, não tem sofrimento, e saber que eu fiz o meu papel, de mãe, de esposa. Não sou perfeita, mas acredito que fiz de forma exemplar, acreditando sempre em Deus e buscando o melhor. Eu pensei em todos os meus três filhos, no meu esposo, na nossa casa, no nosso trabalho e eu virei em muitas pra poder dar conta. A mulher já tem que ser forte, a mãe atípica tem que ser mil vezes mais forte. Ela lida com muito preconceito, com muitas palavras de desmotivar e um percurso muito difícil que é a incerteza.”
“Mas também a gente se transforma em uma fonte de força que não dá pra explicar. Eu já era uma mulher forte e hoje me considero uma mulher inabalável”.
O longo desabafo marca o cansaço e a tristeza de uma mãe coruja que teve de lidar com a precoce perda do filho mais novo após 11 meses de uma luta árdua.
“Eu só chorava, me descontrolava, depressão em cima. Muito sofrimento, muita tristeza, revolta também. No começo foi bem difícil de aceitar. Até que chegou um momento que eu tive que parar pra mim, naquele sofrimento que eu estava, e pensar neles (família). Deus sustentou o nosso psicológico, é preciso muita força pra lidar com tudo isso. Se você tá passando por alguma dor, feche os ouvidos, foca no que tem que fazer, faz bem feito, e Deus tá vendo, tá acompanhando, e Ele vai te recompensar”.
Ingra ainda revelou que doou roupas, fraldas e medicamentos de Arthur ao Hospital Infantil Filantrópico Sopai, em Fortaleza, Ceará.
*Por Manuela de Moura supervisionada por Bárbara Bernardes
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