Nesta terça-feira (1º), foi divulgada a decisão da Justiça do Rio de Janeiro sobre um processo aberto contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por assédio sexual e moral. A denúncia foi feita pela ex-diretora Luísa Xavier Rosa que, no início da ação, pediu uma indenização no valor de R$1,8 milhão. Nos autos, além das graves acusações, a ex-funcionária contou ter sido impedida de realizar as funções que foi contratada para desempenhar.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a decisão da Justiça foi tomada no último dia 2 de agosto pelo magistrado Leonardo Almeida Cavalcanti, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ). O juiz responsável pelo caso determinou que a CBF pague R$ 60 mil de indenização à vítima e, como justificativa, informou que o valor é referente ao “abalo psíquico” causado à Luísa Xavier Rosa. O valor definido não teria agradado a vítima, que planeja recorrer.
A ex-diretora da Instituição foi contratada para ser a responsável por fiscalizar obras internas e externas por cena de 1 ano e 3 meses, porém foi impedida de contratar as empresas prestadoras de serviços, além de ter tido o cargo esvaziado. De acordo com a vítima, ela acabou desenvolvendo depressão por conta do empecilho para desenvolver suas funções. Já um segundo relato, a ex-contratada da CBF afirma ter sofrido assédio sexual. Luísa Xavier Rosa relatou ter ouvido alguns comentários apontados como constrangedores e misóginos. Um deles, inclusive, teria a ver com a contratação de garotas de programas para “divertirem” convidados da entidade esportiva. A ex-diretora também revelou que várias funcionários tinham conhecimento do comportamento da cúpula.
A Confederação Brasileira de Futebol também planeja recorrer à decisão da Justiça. Em uma nota enviada ao Metrópoles, a instituição afirmou que “a análise dos documentos e depoimentos apresentados nos autos comprova não ter havido qualquer tipo de assédio”. Ela também teria optado por abrir um processo contra a ex-diretora por conta das “graves e infundadas acusações apresentadas”. A CBF ainda lembrou que o processo corria em segredo de Justiça e, apesar da surpresa, acusou o responsável pelo vazamento das informações de querer causar constrangimento à entidade.
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