Luana Piovani revela ter sido boicotada pela Globo após denunciar agressão

Na tarde desta segunda-feira (25), a atriz Luana Piovani participou do programa “Sem Censura”, da TV Brasil, onde falou sobre alguns momentos de sua trajetória. A artista então acabou se emocionando ao lembrar de quando denunciou a agressão que sofreu do namorado da época, o também ator Dado Dolabella. O caso aconteceu em 2008 e a apresentadora revelou ter sido boicotada pela Rede Globo após expor o episódio de violência.

Durante a entrevista, Luana Piovani fez questão de lembrar de todas as críticas que enfrentou. “A maior dor que eu passei não foi ter sido agredida, foi o que a sociedade fez comigo depois. Eu estava em uma época que não era um movimento comum. Eu nunca aceitei a roupinha que a sociedade quis me vestir. Quando eu denunciei a violência, as pessoas me espezinharam, a sociedade me espezinhou, a empresa na qual eu trabalhava me tratou mal”, revelou ela.

Conforme o relato da atriz, diferentemente do que acontece nos dias atuais, ela foi acolhida por poucas pessoas e fez questão de frisar que foi sabotada até mesmo pela Rede Globo. “Eu não tive suporte de absolutamente ninguém que não fossem os meus pais, os meus cinco amigos que souberam e o meu terapeuta. Eu estava fazendo um programa na Globo, eles me tiraram do programa. As pessoas diziam que eu tinha feito aquilo porque eu queria aparecer”, contou ela.

Luana Piovani então surpreendeu os entrevistadores ao lembrar de alguns comentários que ouvia na época. “Existiam milhões de mulheres que brincavam e falavam: ‘vem bater em mim’, porque o cara é considerado bonito, sex symbol, qualquer coisa que signifique. O que atrapalha a nossa luta são as mulheres machistas. Enquanto as mulheres forem machistas, elas dão forças aos homens que são machistas”, completou ela.

A agressão contra Luana Piovani

Como já citado anteriormente, o caso aconteceu há 16 anos, mas Dado Dolabella só foi condenado em 2014. O ator foi enquadrado na Lei Maria da Penha por agressão à ex-namorada e também à camareira dela, Esmeralda de Souza, conhecida como dona Esmê. Ele cumpriu a pena de 2 anos e 9 meses de prisão em regime aberto por danos morais.

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