Marcelo Médici conta que foi aconselhado a deixar ‘A Praça É Nossa’

O ator Marcelo Médici participou do programa “Conversa com Bial”, onde compartilhou memórias do início de sua trajetória profissional, destacando momentos especiais ao lado de Ronald Golias e Zilda Cardoso. Ele lembrou de um conselho marcante que recebeu da colega quando trabalharam juntos no programa “A Praça É Nossa” e também aproveitou para refletir sobre os desafios enfrentados pela comédia no Brasil atualmente.

Em um dos trechos da conversa, Médici relembrou com emoção a experiência de atuar ao lado de Golias, a quem descreveu como um verdadeiro “mito”. Outro ponto marcante da entrevista foi quando relatou o conselho surpreendente que recebeu de Zilda Cardoso, conhecida pelo papel da Catifunda no programa comandado por Carlos Alberto de Nóbrega. “Ela mandou eu sair da Praça. Trabalhando lá. ‘Sai daqui o quanto antes’”, contou o humorista.

Quando Pedro Bial perguntou o motivo por trás do aviso da colega, o ator explicou que Zilda teve sua carreira marcada por uma única personagem, ao ponto de muitos não conhecerem seu nome verdadeiro. “Ela teve uma carreira toda em cima de uma personagem. Era chamada de Catifunda. Poucas pessoas sabiam o nome dela. Essa é a tragédia do comediante de um personagem”, contou. Marcelo Médici, que deu vida ao personagem Zóinho, destacou a importância de ampliar horizontes na atuação para evitar ficar preso a um só papel. Ele trabalhou na atração de 1999 a 2003, tendo feito uma participação especial no programa em 2021.

Marcelo Médici refletiu sobre o cenário humorístico atual

O apresentador então comentou sobre os caminhos do humor na atualidade, ressaltando como os artistas de hoje enfrentam dificuldades em unir apelo popular e conteúdo inteligente. Ele citou nomes como Chico Anysio (1931–2012) e Jô Soares (1938–2022) como mestres nessa arte de equilibrar humor e sofisticação.

Refletindo sobre isso, Marcelo observou o distanciamento que muitos têm em relação à história da comédia no país. “Acho que é um pouquinho da falta de interesse por quem veio antes”, disse. Segundo o ator, esse desinteresse por referências anteriores contribui para uma ruptura com a tradição humorística construída por grandes nomes do passado.

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