Nesta quinta-feira (5), MC Cabelinho concedeu uma entrevista ao programa Conversa com Bial. O cantor falou sobre a realidade das favelas e sobre as músicas consideradas apologia ao crime.
Durante o bate-papo, Pedro Bial mencionou o projeto de lei Anti-Oruam, que proíbe o uso de verba pública em shows de cantores que fazem apologia ao crime, e questionou o MC sobre o assunto. “Essa lei tem cor, gênero e classe social. Se você não gosta do que eu canto, tá tudo bem. Mas eu não vou deixar de cantar minha realidade porque você quer. Se você quer que eu não cante o que eu canto mude minha realidade“, afirmou.
O artista também comentou que se sente intrigado com a forma como as pessoas diferenciam apologia ao crime e arte. “O que me intriga é: eu atuei numa novela das nove, chamada Amor de Mãe, fiz o papel de um traficante, e era considerado arte… Os roteiristas que escrevem novelas e filmes que retratam a vida do morador da favela fazem arte. Quando o MC canta, quando o funkeiro e favelado canta a realidade, é apologia ao crime. Isso é muito subjetivo, mano”, afirmou.
Durante o desabafo, Cabelinho afirmou que quem define o que é apologia ao crime não vive a realidade retratada. “Quem define quem faz apologia ao crime ou não? Tipo, não sou eu nem você. É um desembargador, um juiz, um político que gosta de criminalizar o pobre, preto e favelado. É o político que não quer ver a gente bem“, apontou.
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