Por: Morillo Carvalho, editor Clube.FM
Oitenta e quatro anos de alegria, contribuição ímpar para a cultura brasileira e um legado eterno. José Eugênio Soares, o Jô Soares, morreu neste 05 de agosto às 02h20, no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo (SP), onde estava internado desde 25 de julho tratando uma pneumonia. No boletim médico assinado pelos diretores clínico e de governança clínica, Luiz Francisco Cardoso e Ângelo Fernandez, não há a revelação da causa da morte.
Jô estreou na televisão, principal mídia em que trabalhou, em 1956, no humorístico Praça da Alegria – criado por Manuel da Nóbrega e que, depois, se transformaria em A Praça É Nossa, pelo filho Carlos Alberto de Nóbrega, no ar ainda hoje no SBT. Foi casado por três vezes e teve um único filho, Rafael, que era autista e morreu em 2014. Foi a ex-esposa Flávia Pedras quem revelou que Jô havia falecido.
São 25 filmes e mais de 60 anos de carreira televisiva, na qual desenvolveu seus mais de 100 personagens. Usava do humor para fazer crítica de costumes e, principalmente, crítica política – quando esteve no programa Roda Viva (TV Cultura), há poucos anos, disse ser acusado tanto pela esquerda quanto pela direita de integrar a oposição por sempre ter estado em neutralidade e acreditar que o artista de humor precisava dela como ferramenta para o exercício crítico. Este canal no Youtube reuniu a maior parte dos personagens de Jô:
A cultura nacional perde um ator, diretor, dramaturgo, escritor, humorista, apresentador e músico ímpar. Mas não perde seu legado.