Artista estava em tratamento de câncer nos Estados Unidos. As informações foram confirmadas pela assessoria da artista ao Correio
Por Ronayre Nunes, Gabriella Braz e Mariana Niederauer via Correio Braziliense
A cantora Preta Gil teve uma piora no quadro de saúde e morreu neste domingo (20/7).
A artista se preparava para voltar ao Brasil, antes de falecer. Ela passou mal numa ambulância a caminho do aeroporto, chegou a voltar para o hospital, mas não resistiu.
As informações foram confirmadas pela assessoria da artista ao Correio. A equipe ainda pontuou que a família deve ser pronunciar em breve.
Preta era filha de Gil com Sandra Gadelha. Deixa os irmãos — Nara, Marília, Bem, Bela, José, Pedro e Maria; o filho, Francisco, da relação com o ator Otávio Müller, e a neta, Sol de Maria.
A Mynd, uma das empresas de Preta, lamentou a morte da artista. “Preta foi uma mulher transgressora, sempre à frente do seu tempo. Quebrou paradigmas, provocou reflexões e iluminou caminhos com sua coragem. Uma mulher empoderada, que foi e continuará sendo luz para inúmeras outras mulheres. Pretinha era justa, honesta, generosa. Uma mãe e avó dedicada, uma guerreira incansável que inspirou e seguirá inspirando milhares de pessoas”, escreveu.
Em 2023, Preta Gil foi diagnosticada com câncer no intestino depois de ter descoberto um tumor no reto durante exames. Ela passou por sessões de quimioterapia e, em agosto, foi submetida a uma cirurgia para a retirada do tumor, onde também removeu o útero para evitar metástase. Em dezembro do mesmo ano, celebrou o fim do tratamento e o término da reconstrução do trato intestinal.
No entanto, a empresária anunciou retorno do tratamento em agosto de 2024, após de descobrir a existência de novos tumores em quatro locais: dois nos linfonodos, um no ureter e metástase no peritônio, se submetendo a nova quimioterapia.
Em entrevista ao editor de Cultura do Correio, José Carlos Vieira, em maio, Gilberto Gil comentou sobre o momento emocionante em que cantou com Preta no show da turnê Tempo Rei em São Paulo. “Preta é uma menina muito extrovertida, muito aberta, alegre, cheia de energia… E escolheu, logo muito cedo, bem menina ainda, escolheu, por força do ambiente em que vivia, com uma carga de presença musical muito grande… Da tia, dos tios, dos parentes, da madrinha e da casa cheia de música o tempo todo… Ela escolheu a carreira de cantora. Firmou-se. Criou um gosto grande pela diversidade, pelo ecletismo, pela coisa de juntar vários modos de expressão, de canto, de gêneros musicais, e tudo mais”, disse Gil.
“Ela é essa personalidade, muito expressiva. E tem demonstrado nesse momento da doença (Preta estava em tratamento nos Estados Unidos contra um câncer), uma grandeza de alma, de modo de compreender a existência, que é exemplar. E tem recebido uma resposta muito grande. É imenso o carinho, o acolhimento que ela vem recebendo no Brasil inteiro, vindo de todas as gerações. São manifestações muito eloquentes o tempo todo na torcida por ela”, resumiu o pai. (Colaborou Lara Costa)
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