Mulher com alergia a frio sofre choque anafilático após tomar sorvete

Nesta semana, a história da mulher que quase morreu após tomar um sorvete começou a circular pela web. O caso ocorreu na cidade de Brighton, na Inglaterra, e o choque anafilático aconteceu assim que ela terminou de consumir a sobremesa. No entanto, de acordo com Hanna Newman, de 27 anos, o problema não foi causado pelo produto, mas sim por uma rara alergia ao frio que ela desenvolveu há alguns anos.

Segundo Hanna, a condição surgiu após ela ter contraído o coronavírus e, desde então, a impede de consumir alimentos gelados e até de se exercitar ao ar livre durante o inverno, por exemplo. Newman também relata que precisa estar sempre atenta a ambientes climatizados com ar-condicionado, pois esses locais representam um risco para sua saúde.

A britânica explica que os sintomas da doença são progressivos. Inicialmente, ela percebeu algo estranho ao começar a sofrer com urticárias e inchaço no rosto após a exposição ao frio. Com o tempo, a enfermidade evoluiu até chegar ao episódio mais grave, quando sua garganta se fechou após ingerir o sorvete, impedindo-a de respirar.

De acordo com Hanna, a condição tem se agravado a cada mês e, por isso, ela aguarda a autorização do sistema de saúde pública do Reino Unido para iniciar um tratamento com um medicamento inovador, cujo custo gira em torno de R$ 45 mil a cada seis semanas.

Desde que os sintomas mais intensos surgiram, em dezembro de 2020, ela precisou abrir mão de alguns de seus alimentos favoritos, como sorvete e milk shakes. “Estou pensando o tempo todo sobre o que posso e não posso comer, o que é irritante”, desabafou a jovem. Segundo ela, até mesmo situações simples do dia a dia, como abrir a geladeira ou suar, podem desencadear uma nova crise alérgica.

Mesmo diante das dificuldades, Hanna Newman busca levar uma vida o mais normal possível. Para isso, adaptou sua rotina de exercícios, incluindo atividades como ioga, ginástica e dança aeróbica dentro de casa. “Tenho tanta energia, é por isso que trabalho com crianças. Estou sempre correndo, e agora não tenho nada em que colocar essa energia”, lamentou a britânica.

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