Nesta sexta-feira (13), veio à tona o caso de uma mulher de 38 anos foi presa por policiais militares após tentar vender o próprior filho pelo valor de mil e duzentos reais. A situação aconteceu na orla de Praia Grande, situada no litoral de São Paulo. De acordo com as informações adicionadas ao Boletim de Ocorrência, o menino de um ano apresentava sintomas de insolação, maus-tratos e desidratação e foi entregue ao Conselho Tutelar pelos agentes. Após a prisão, a mãe da criança foi solta depois da audiência de custódia.
Uma das pessoas que presenciou a mãe tentando vender o filho foi a advogada Glauce Abdalla, que também é presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Araras (SP). Ela revelou que estava na praia com a família, quando avistou um tumulto no local e a mulher chacoalhando a criança.
Quando se aproximou para entender a situação, outras testemunhas contaram que ela estava tentando vender a criança por pouco menos de um salário mínimo. “Ela [mãe do menino] pediu um dinheiro, as mulheres falaram que não iam dar e ela ofereceu a criança: ‘Olha, estou vendendo’. Uma das mulheres perguntaram: ‘Quanto você quer?’ [e ela respondeu:] ‘1.200 reais'”, contou ela.
A polícia militar foi chamado ao local e quando os agentes chegaram, encontraram a mãe da criança pedindo o valor cobrado pelo filho e também recolhendo algumas latinhas que estavam espalhadas pela areia, enquanto o bebê estava sentado no chão. “Quando percebeu a chegada da equipe, ela pegou a criança e, com muita agressividade, ofendia a equipe enquanto afirmava ter usado entorpecentes”, contou o soldado da PM, Raphael Freitas, que chegou a ser agredido por ela.
Os agentes só conseguiram acalmar a mulher com a ajuda de Glauce Abdalla e então a conveceram a soltar a criança para que pudessem algemá-la. A mãe do bebê foi encaminhada ao Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade e o caso foi registrado como maus-tratos e resistência, no último dia 18 de novembro. A audiência de custódia dela aconteceu no dia seguinte e a Justiça convertou a prisão em medida protetiva. Ela será obrigada a manter a distância mínima de 300 metros do bebê, além de ter sido proibida de se aproximar dele e tentar contato.
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