

Pet conseguiu burlar o comedouro automático, se fartou e foi cochilar com a carinha satisfeita
Por Maria Dulce Miranda - Estado de Minas
Um gato esfomeado viralizou em redes sociais. A dona, Alixandra Cassidy, moradora de Houston, nos Estados Unidos, mostrou Sparrow, um de seus dois felinos regatados, com a barriga visivelmente cheia após invadir o comedouro automático. Sparrow conseguiu comer em uma só noite ração o suficiente para 15 dias.
Cassidy contou à Newsweek que começou a usar o alimentador automático para controlar as porções e manter a rotina dos gatos, Jack e Sparrow, caso precisasse passar a noite fora. “Notei alguma insegurança alimentar no começo, quando eles comiam agressivamente a comida seca e úmida e tentavam comer restos de comida — quase como um cachorro!”, explicou.
Apesar de a rotina ter funcionado bem até então, Sparrow conseguiu acessar o compartimento do alimentador e consumir ração suficiente para uma ou duas semanas durante uma única noite. No vídeo, Sparrow aparece enrolado em um cobertor, satisfeito e confortável, com a barriga redonda de tanta comida. O post ultrapassou 7 milhões de visualizações e 1 milhão de curtidas.
Desde então, ela passou a alimentar o gato à mão e a utilizar comedouros lentos e quebra-cabeças alimentares, tentando reduzir a ansiedade e controlar melhor a ingestão. Apesar do vídeo ser fofo, ele gerou um debate sobre alimentação animal. “Não imaginei que isso geraria tanto debate”, disse Cassidy.
O vídeo gerou um intenso debate entre os internautas sobre a melhor forma de alimentar gatos. Alguns defendem a alimentação livre (free feeding), mantendo ração disponível o tempo todo, garantindo que o gato coma quando quiser e mantendo peso saudável. Outros alertam que isso pode levar a excessos e problemas de obesidade.
Alguns especialistas avaliam que a alimentação livre pode facilitar a rotina do tutor e permitir que gatos nervosos comam em momentos tranquilos, mas torna difícil controlar a quantidade ingerida e identificar mudanças nos hábitos alimentares, que podem indicar problemas de saúde.
Outros recomendam dividir a ração diária em pequenas refeições distribuídas ao longo do dia, imitando o comportamento natural de caça dos gatos. Alimentadores interativos e a variação de locais das refeições são indicados para estimular o animal e evitar tédio ou sobrepeso.
“Cada gato deve ter sua própria tigela, em local seguro e separado da caixa de areia e das tigelas de outros gatos. Simular o comportamento alimentar natural diminui a súplica por comida, a frustração felina e conflitos entre animais”, explicou a veterinária Maggie Placer, da EveryCat Health Foundation, à Newsweek.
Com a experiência do caso de Sparrow, Cassidy diz que aprendeu a importância de observar o comportamento dos gatos durante as refeições e buscar métodos que equilibram controle, saúde e diversão. “Coloquei a comida dele em um comedouro lento e em um quebra-cabeça para estimular a brincadeira e a curiosidade. Não sei se algum dia voltaremos à alimentação livre, mas por enquanto está funcionando”, concluiu.

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