O deputado federal Otoni de Paula (MDB) concedeu uma entrevista bombástica ao portal Fuxico Gospel nessa terça-feira (16). Em uma live com o jornalista Izael Nascimento, o político falou sobre o evento que participou ao lado do presidente Lula, que criou o Dia Nacional da Música Gospel. O pastor que é conservador e ligado a políticos de extrema direita rebateu as críticas por comparecer ao evento do Chefe do Executivo.
Em sua fala, o parlamentar criticou o partido de Bolsonaro (PL) e o filho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, por supostamente terem impedido a sua candidatura para a prefeitura do Rio de Janeiro: “Não me respeitaram, me esculhambaram, não permitiram que eu fosse candidato e ainda queriam que eu babasse ovo?”, questionou de forma revoltada o evangélico na entrevista.
Otoni de Paula seguiu sua fala afirmando não acreditar no discurso muito disseminado por políticos de extrema direita, que ligam a figura de Bolsonaro a Jesus e a de Lula ao Diabo. “Não sou criança de achar que Deus está com Bolsonaro e o Diabo está com Lula”, esbravejou o deputado federal.
O entrevistador então quis saber se Otoni de Paula se considerava como uma ponte para aproximar o presidente da República dos evangélicos e o pastor revelou que, na verdade, gostaria de ser uma ponte para retirar o “Bezerro de Ouro” que foi construído nos dias atuais na igreja, fazendo uma referência ao ex-presidente Bolsonaro.
Na Bíblia, o Bezerro de Ouro é um ídolo de ouro feito pelos israelitas enquanto Moisés estava no Monte Sinai. Eles o adoraram, desobedecendo a Deus, o que resultou em uma grande repreensão e punição. A história é usada nos dias de hoje por religiosos para fazerem referência a idolatria: “Nós construímos uma adoração a um ser humano que não é Deus, não é divino é um político”, discursou o deputado.
Otoni de Paula relembrou ainda uma história que teria vivido com o ex-chefe do Executivo, quando visitaram uma igreja em Belém do Pará. O político revelou quando aconselhou que Bolsonaro repreendesse os religiosos caso fosse ovacionado com gritos de “mito” dentro da igreja. O líder cristão seguiu sua fala afirmando que o ex-presidente não deve ser idolatrado por cristãos, citando que nem evangélico Bolsonaro é. Otoni de Paula criticou também os pastores que repreendem fieis que votaram no atual presidente.
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