Nesta quarta-feira (9), começou a circular pelas redes sociais um vídeo de uma palestra em que Pablo Marçal, ex-candidato à prefeitura da cidade de São Paulo, negou que sabia sobre a procedência falsa do laudo que ele associou ao oponente, Guilherme Boulos. A história teve início na última sexta-feira (4), dois dias antes da eleição, quando o coach publicou um laudo médico que dizia que o concorrente foi internado por abuso de drogas.
No trecho do vídeo que está correndo pela web, Pablo Marçal negou que tenha tido qualquer envolvimento com o documento falso. “Sabe o negócio do laudo? Eu nem vi aquela m*rda. Eu não peguei no laudo, eu deixei o meu time postar essa bosta”, declarou ele. Em seguida, o coach afirmou que aquele tipo de atitude não faz parte da índole dele. “Confiem no que eu estou falando: jamais eu postaria algo de má fé”, garantiu.
“Uma pessoa quis tirar vantagem, apareceu com essa merda e essa pessoa vai responder por isso”, completou Pablo Marçal. Em seguida, o ex-candidato ainda garantiu que pretende punir a pessoa responsável por publicar o laudo falso associado à Guilherme Boulos. “Essa pessoa que quis tirar vantagem, a PF (Polícia Federal) vai investigar, eu vou entregar na mão e vou falar: ‘não vou ter o que fazer, essa pessoa aqui é a responsável’. Eu, Pablo, nunca na minha vida postaria algo sabendo que é falso”, repetiu ele.
Durante os debates políticos que participou, o candidato à prefeitura de São Paulo declarou por vezes que tinha um laudo que comprovava a internação de Guilherme Boulos por uso de drogas e, já perto da eleição, resolveu publicá-lo nas redes sociais. Depois que a imagem viralizou, a filha do suposto médico que teria assinado o documento veio à público, afirmou que o pai, falecido em 2022, nunca trabalhou na clínica do laudo e que também nunca prestou atendimento à pessoas com dependência química. Ela afirmou que a assinatura que constava no papel é falsa.
O laudo apresentado pelo coach então passou a ser investigado pela Polícia Federal e após uma análise grafotécnica, os peritos chegaram a conclusão que ele não é verdadeiro. “Verificou-se a prevalência das dissimilaridades entre a assinatura questionada e os padrões apresentados, tanto nas formas gráficas, quanto em suas gêneses, não havendo evidências de que tais grafismos tenham sido escritos por uma mesma pessoa. As evidências suportam fortemente a hipótese de que os manuscritos questionados não foram produzidos pela mesma pessoa que forneceu os padrões”, disseram os profissionais.
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