Um pastor evangélico da Igreja Reformada de Vila Velha, no Espírito Santo, foi alvo de dois boletins de ocorrência que foram registrados na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) do município. O religioso Leonardo Fraga Ramos foi acusado, em um dos boletins, de ter cometido assédio contra a sua enteada.
A denúncia foi apresentada no dia 29 de outubro. No documento, foi descrito que o episódio de abuso teria acontecido no momento em que a adolescente de 16 anos tomava banho em sua casa. A jovem percebeu que estava sendo observada e filmada pelo padrasto com um aparelho de celular enquanto se banhava.
Desesperada, a menina pediu ajuda a uma amiga próxima que tomou a decisão de contar toda a situação para a mãe da vítima. A mulher então confrontou o marido que confessou toda a verdade. A adolescente de 16 anos revelou ainda que esse episódio não foi isolado e que já havia passado por assédios parecidos com o padrasto em outras ocasiões.
Na mesma denúncia, foi revelado a informação de que o pastor evangélico teria cometido os mesmos assédios com a irmã mais velha da jovem, que hoje está com 18 anos. O padrão de abuso do líder cristão impulsionou a sua esposa a tomar a decisão de levar o caso às autoridades, com o objetivo de proteger demais jovens que possam estar sendo alvo do mesmo assediador.
O Boletim de Ocorrência feito pela vítima ainda relata a suposta tentativa do pastor, e de outros líderes da Igreja Reformada de Vila Velha, em tentar “abafar” o caso para evitar um escândalo. Assim que a mãe da vítima teria tomado conhecimento dos episódios de assédio sofridos por sua filha, ela teria sido procurada pelo pastor e “pressionada” a não levar o caso à polícia, o tornando público.
O documento relatou que a intenção dos líderes da igreja era tratar o caso internamente, sem escândalo. O que foi imediatamente negado pela mãe da jovem que abriu um Boletim de Ocorrência. O caso agora está sendo investigado pela Polícia Civil do Espírito Santo, que procura no momento outras possíveis vítimas do assediador. A Igreja Reformada de Vila Velha não se pronunciou publicamente sobre as denúncias de ter tentado abafar o caso e pastor Leonardo Ramos também não falou sobre o assunto.
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