Nesta terça-feira (1º), o site Notícias da TV divulgou os desdobramentos da demissão do repórter Pedro Paiva, que atuava como correspondente da RedeTV! nos Estados Unidos. O jornalista optou por se desligar da empresa no último fim de semana alegando ter sofrido abuso nos bastidores do canal, além de estar enfrentando dificuldades de receber salários atrasados. De acordo com ele, as condições de trabalho para profissionais que atuam fora do país são “precárias”.
Conforme o relato de Pedro Paiva, a RedeTV! sempre apresentou dificuldades em realizar o pagamento dos correspondentes internacionais, tendo em vista que eles sempre eram feitos com atraso. No entanto, de acordo com o repórter, a situação teria se agravado no final de setembro, quando não recebeu os salários referentes aos meses de julho e agosto. Ele então teria buscado contatar a equipe financeira da emissora, mas não teria recebido qualquer ajuda. “São condições precárias de trabalho”, disse ele.
De acordo com as informações obtidas pelo site Notícias da TV, os correspondentes internacionais são contratados como freelancers, ou seja, não possuem qualquer vínculo empregatício com a emissora e por isso recebem por cada reportagem que produzem. Tendo em vista isso, segundo Pedro Paiva, o financeiro da RedeTV! teria optado por cancelar pautas que já tinham sido gravadas, a fim de evitar que os profissionais fossem pagos pelo serviço.
“Nós nunca recebemos na data do pagamento. O contrato diz que recebemos no dia 15, mas geralmente tem uma semana de atraso. De uns tempos para cá, o financeiro vem tentando cortar o salário das pessoas”, contou o correspondente internacional. Pedro Paiva ainda revelou que até profissionais que trabalham em solo brasileiro enfrentaram o mesmo tipo de dificuldade. “Repórteres do Brasil foram cobrir as enchentes do Rio Grande do Sul e tiveram as pautas cortadas. Alguns dos correspondentes funcionam de forma fixa, como eu, que estou todos os dias no jornal”, explicou.
O jornalista contou que chegou a parar de trabalhar por conta da falta de um posicionamento sobre os salários atrasados, mas que acabou retomando o serviço após receber um comunicado informando que a situação seria regularizada até o fim de setembro. Apesar da promessa, a palavra da emissora não teria sido cumprida, o que causou o pedido de demissão de Pedro Paiva. “Estou trabalhando igual a um condenado, sem ter tempo para almoçar por conta da eleições norte-americanas, e eles não me pagaram. Eles tinham cortado nove conteúdos que eu produzi e que foram veiculados para a TV, e eu disse que não aceitava. […] Por conta disso, eu estou com todas as minhas contas atrasadas em Nova York. Minha conta do celular vai ser cancelada, o seguro do meu carro não está pago, as prestações do meu carro estão atrasadas, meu nome vai ficar sujo”, reclamou o repórter.
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