Na última terça-feira (3), a jornalista Daniele Brandi, apresentadora do programa Tá Na Hora, do SBT, fez uma análise crítica sobre o caso do MC Poze do Rodo, que foi preso na última quinta-feira (29) durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A investigação apura a possível ligação do artista com a facção criminosa Comando Vermelho, além de acusações de apologia ao crime.
Durante sua participação no programa Fofocalizando, a jornalista levantou questões como o tratamento dado ao artista pela polícia, mas afirmou que a prisão não teria sido decretada sem provas contundentes. “Temos duas vertentes no nosso país muito importantes. Uma delas é: como uma pessoa periférica e preta é tratada em uma situação como esta? É um questionamento válido por parte do artista, e por todas as pessoas nas redes sociais que foram defender a forma que o MC Poze foi preso, eu concordo. A gente sabe que tem um tratamento diferente no Brasil para quem é periférico“, afirmou.
“O outro ponto é: um juiz não determinaria uma prisão se não houvesse alguma comprovação. Nós trabalhamos com jornalismo, temos acesso a inquéritos e sabemos que ele não seria preso se não existisse uma indicação muito forte de que algo errado estaria acontecendo”, afirmou
Brandi também destacou que tanto Poze quanto Oruam são figuras que representam a ascensão de pessoas que vieram da periferia. No entanto, ela afirmou que a apologia ao crime feita pelos artistas é prejudicial e influencia negativamente os jovens da periferia.
“Um jovem de periferia tem como referencia o cantor do funk. A musica transforma, e eu acredito nisso… Mas a gente tem que pensar que essa referência não pode ser usada para o mal. Eles precisam pensar… Não dá pra falar que você defende a periferia levantando um fuzil em um vídeo”, criticou.
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