O delegado do caso afirmou que o garoto de 14 anos não demonstrou nenhum remorso pelos crimes cometidos. “Ele disse que faria tudo de novo”, revelou
Por Amanda S. Feitoza via Correio Braziliense
O adolescente de 14 anos, apreendido pela morte dos pais e do irmão de três anos na última quarta-feira (25/6), pesquisou na internet “como receber FGTS de falecido”.
A informação foi revelada pelo delegado Carlos Augusto Guimarães, titular da 143ª Delegacia de Polícia de Itaperuna (Rio de Janeiro), em entrevista ao jornal O Globo. A pesquisa chamou ainda mais atenção da polícia, pois o pai do garoto teria R$ 33 mil para receber no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
O adolescente responderá por triplo homicídio e ocultação de cadáver. Inicialmente, levantou-se a hipótese de que o crime estaria ligado a um namoro virtual. Pois os pais teriam impedido o filho de viajar para o Mato Grosso para encontrar a garota.
“Durante a perícia, encontramos uma bolsa de viagem já pronta. Nela, estavam os celulares das vítimas. O adolescente não deu muitos detalhes sobre a namorada, mas falou que eles se conheceram nesses jogos online. Ao que tudo indica, ele teria ficado descontente com a proibição dos pais sobre a viagem para o Mato Grosso”, contou o delegado Carlos Augusto Guimarães ao jornal O Globo.
A avó do adolescente, em entrevista ao SBT Rio, afirmou que o adolescente não demonstra arrependimento. “Ele disse que faria tudo de novo”, revelou. O delegado Carlos Augusto Guimarães corrobora essa percepção de frieza.
“Ele foi muito espontâneo ao contar como cometeu os crimes. É um menino frio, sem remorso. Perguntamos se ele se arrependia, e ele disse que não, que faria tudo de novo. As respostas que ele nos deu foram rápidas e o tempo todo ele se autoafirmava como homem. Tinha um ‘quê’ de psicopatia. Ele pode ter premeditado tudo ou é um menino muito inteligente”, contou o delegado ao jornal O Globo.
Na tarde da última terça-feira (24/6), o adolescente compareceu à delegacia, acompanhado da avó, para registrar o desaparecimento dos familiares. Na manhã seguinte, quarta-feira, a perícia foi realizada na residência e os agentes identificaram manchas de sangue no colchão e nas vestes do casal, além de pontos queimados.
Pressionado pela polícia, o adolescente confessou o crime e deu detalhes: primeiro, ele matou o pai. A mãe, ainda viva, foi colocada dentro da cisterna. Quando o irmão de apenas três anos acordou, ele atirou, matando a criança. As três vítimas foram colocadas dentro da cisterna da casa.
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