Cezar Bittencourt, advogado do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, afirmou em uma entrevista dada a GloboNews nessa sexta-feira (22), que o ex-presidente da República não só sabia do plano de assassinar Lula como era o comandante da organização criminosa. As informações foram reveladas em entrevista para a jornalista Andrea Sadi, no ‘Estúdio I’.
Contextualizando, Mauro Cid deu um novo depoimento ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes sobre o plano de militares de darem um golpe de estado em 2022, logo após a vitória de Lula nas eleições presidenciais que aconteceram naquele mesmo ano. Segundo o advogado do ex-funcionário de Bolsonaro, o ex-presidente sabia de tudo.
“O Cid tem uma linha de pensamento, a versão verdadeira dos fatos. Não tem interesse nenhum que não seja responder aquilo que a Justiça está pedindo”, começou dizendo a defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Quando questionado pela apresentadora da GloboNews se o seu cliente confirmou para Alexandre de Moraes que Bolsonaro sabia do plano de golpe de estado, o advogado afirmou acreditar que o ex-presidente comandou todo o esquema:
“Confirma que sabia sim, na verdade, o presidente sabia tudo, aliás eu tenho a impressão que ele comandava essa organização, tanto que ele acabou sendo denunciado pelo Ministério Público por esses fatos”, afirmou o advogado de Mauro Cid em entrevista a GloboNews. Pouco tempo depois, na mesma entrevista, Cezar Bittencourt voltou atrás de suas declarações.
Entenda
A Polícia Federal prendeu quatro militares das Forças Especiais e um policial federal. O grupo é acusado de armar um plano de golpe de estado com o objetivo de matar Lula e o seu vice Alckmin em 2022, logo após a vitória dos dois nas eleições presidenciais que aconteceram naquele mesmo ano.
Segundo a investigação, os militares planejavam usar veneno e explosivos. O ministro Alexandre de Moraes também era monitorado pelo grupo que tinha a intenção de “neutralizá-lo”. O plano foi batizado de “Punhal Verde e Amarelo”. Os presos são o policial federal Wladimir Matos Soares, o general da reserva de brigada Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. Nessa quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais de 30 pessoas foram indiciadas por envolvimento na organização criminosa.
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