O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se pronunciou pela primeira vez nessa quinta-feira (21), sobre a investigação da Polícia Federal que apontou um plano arquitetado por grupo de militares para darem um Golpe de Estado em 2022, logo após a sua vitória nas eleições presidenciais. Segundo os agentes, o plano seria matar tanto o presidente, como o seu vice, Geraldo Alckimin com tiros ou envenenamento. Alexandre de Moraes também era alvo.
“Eu sou um cara que tenho que agradecer agora, muito mais, porque eu tô vivo. A tentativa de envenenar eu e Alckmin não deu certo, nós estamos aqui”, afirmou o chefe do Executivo em um evento público no Palácio do Planalto que tinha o objetivo de divulgar os planos do governo federal na conceção de rodovias para empresas privadas.
Em outro momento, quando tratava do tema do evento, Lula voltou a citar a investigação da Polícia Federal afirmando que não tinha intenção de perseguir ninguém: “E eu não quero envenenar ninguém. A única coisa que eu quero é, quando terminar o meu mandato que a gente desmoralize, com números, aqueles que governaram antes de nós”.
O presidente seguiu afirmando que o objetivo final de seu mandato é “medir com números quem fez mais escolas, cuidou dos pobres, fez estradas e pontes, e mais pagou salário mínimo”. É isso que eu quero medir porque é isso que conta no resultado da governança”, terminou dizendo.
Entenda
A Polícia Federal prendeu quatro militares das Forças Especiais e um policial federal. O grupo é acusado de armar um plano de golpe de estado com o objetivo de matar Lula e o seu vice Alckmin em 2022, logo após a vitória dos dois nas eleições presidenciais que aconteceram naquele mesmo ano.
Segundo a investigação, os militares planejavam usar veneno e explosivos. O ministro Alexandre de Moraes também era monitorado pelo grupo que tinha a intenção de “neutralizá-lo”. O plano foi batizado de “Punhal Verde e Amarelo”. Os presos são o policial federal Wladimir Matos Soares, o general da reserva de brigada Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira.
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