Afinidade dos jovens com a tecnologia impulsiona modalidade, liderada por bancos digitais
Por Rafaela Gonçalves via Correio Braziliense
Nos últimos anos, houve um aumento significativo na abertura de contas bancárias para menores de idade no Brasil e os bancos digitais têm liderado essa tendência.
Um exemplo disso é o Banco Inter, que possui mais de 3 milhões de clientes menores de 18 anos. O dado representa 36% das contas abertas desde 2023, ano em que começou a oferecer a modalidade.
O PicPay introduziu a conta para menores em maio de 2024 e, em outubro do mesmo ano, já havia alcançado 2 milhões de clientes menores de idade. O C6 Bank registrou um aumento de 40% na abertura de contas para esse público.
Segundo o educador financeiro Renan Diego, a transformação digital no setor financeiro tem desempenhado um papel fundamental nesse avanço. Ferramentas como o Pix e os apps de bancos tornaram os serviços mais acessíveis, especialmente para o público jovem.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), atualmente, 80% das transações bancárias no Brasil são feitas por meios digitais. “A afinidade dos jovens com a tecnologia e a busca por alternativas digitais têm impulsionado os bancos a criarem serviços para esse público. A digitalização dos serviços financeiros antecipa a educação dos jovens das gerações Alpha e Z”, avalia.
O aumento da conscientização sobre a importância da educação financeira para as novas gerações também têm impulsionado o crescimento desse setor.
Apesar dos avanços, ainda há desafios a serem enfrentados. A falta de orientação adequada pode levar ao uso inadequado dos recursos, além de riscos relacionados à segurança digital e ao endividamento.
A Febraban recomenda que é fundamental que pais e responsáveis acompanhem o uso das ferramentas bancárias e conversem com os filhos sobre finanças. “Quanto antes esses temas forem naturais para o menor, maior a propensão de termos adultos se relacionando melhor com o dinheiro”, reforçou em nota.
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