Protocolo de alerta climático nos EUA é rigoroso e prioriza a segurança de jogadores, comissões técnicas, árbitros e torcedores
Por No Ataque via EM
O protocolo de alerta climático que tem paralisado os jogos da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, nos Estados Unidos, é bastante rigoroso e prioriza a segurança de jogadores, comissões técnicas, árbitros e torcedores. Diferentemente de outros países, os EUA possuem regulamentações mais sensíveis e preventivas quando se trata de fenômenos climáticos, especialmente raios.
Neste sábado (28/6), o jogo entre Benfica e Chelsea, pelas oitavas de final do Mundial, foi interrompido aos 40 minutos do segundo tempo. Houve registros de raios e nuvens escuras sobre o Bank of America Stadium, em Charlotte, no estado da Carolina do Norte. A previsão é que a partida seja retomada às 20h45 (de Brasília).
Outros embates da Copa do Mundo de Clubes passaram pela mesma situação:
As autoridades do evento, em conjunto com serviços meteorológicos locais, como o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) e a Rádio Meteorológica NOAA, monitoram as condições climáticas em tempo real.
Isso inclui o uso de radares meteorológicos e tecnologia de detecção de raios que identificam tempestades se formando ou se aproximando.
Muitos estádios nos EUA têm seus próprios sistemas de radar para um monitoramento ainda mais preciso da área imediata.
A regra principal é que os eventos ao ar livre devem ser interrompidos imediatamente quando há detecção de raios em um determinado raio de distância do local do evento.
Geralmente, o gatilho para a paralisação é a detecção de um raio em um raio de 10 a 13 quilômetros (aproximadamente 6 a 8 milhas) do estádio. Mesmo que o céu pareça claro ou a chuva não esteja forte no momento, a detecção de raios na proximidade é suficiente para acionar o protocolo.
Essa medida é preventiva, pois raios podem ocorrer mesmo sem chuva diretamente sobre o local do jogo.
Assim que o protocolo é acionado, a partida é interrompida imediatamente. O tempo de paralisação é de no mínimo 30 minutos.
Os jogadores e árbitros são retirados do campo e levados para os vestiários ou áreas seguras dentro do estádio.
Os torcedores são alertados por avisos sonoros e em telões, sendo orientados a procurar abrigo nas áreas cobertas e internas do estádio, como os corredores, saguões e lojas.
A partida só é retomada após um período de segurança comprovada.
O critério é que não haja nenhum novo trovão ou raio detectado dentro do raio de segurança por, pelo menos, 30 minutos contínuos. Se um novo raio for detectado dentro desse período, a contagem de 30 minutos é reiniciada.
As decisões são baseadas em previsões e dados atualizados para eliminar erros de julgamento e garantir que a segurança seja a prioridade máxima.
A cultura esportiva nos Estados Unidos é marcada por uma forte ênfase na segurança dos espectadores e participantes. Histórias de tragédias relacionadas a raios em eventos esportivos levaram ao desenvolvimento desses protocolos rigorosos em todo o país. O objetivo é evitar riscos desnecessários, mesmo que isso signifique interrupções nos jogos.
Essa abordagem se estende a diversas modalidades esportivas nos EUA, como futebol americano (NFL), beisebol (MLB) e basquete (NBA), que também podem sofrer atrasos ou interrupções devido a condições climáticas adversas, com os raios sendo o principal motivo para os atrasos mais frequentes.
A notícia Benfica x Chelsea: como funciona protocolo nos EUA que paralisou jogo do Mundial? foi publicada primeiro no No Ataque por No Ataque
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