

Wanessa Angell afirma ter sido vítima de “fitfobia” e discriminação estética
Por Mariana Morais - Correio Braziliense
A musa fitness e nutricionista Wanessa Angell, conhecida no mundo dos concursos por sua trajetória em títulos de beleza no Brasil e no exterior, viveu um episódio inusitado e polêmico durante sua participação no Miss América 2025, agora em outubro.
A brasileira, que representava o país na disputa, foi desclassificada após avaliação do corpo físico, sob a justificativa de que seu biotipo era “musculoso demais” para o padrão do concurso.
Para ela, trata-se de fitfobia e discriminação estética, já que o regulamento não falava sobre biotipos, nem condenava shape definido demais.
“Frustrada, o sentimento é esse. Foram varias etapas aqui no Brasil, prestes a embarcar para a final nos EUA, a organização me informou que estava desclassificada. Foi um choque. Eu me preparei, cuidei do corpo e da mente para representar o Brasil, e ser desclassificada por causa do meu físico foi inacreditável”, desabafa.
Segundo a modelo, o concurso pregava a valorização da diversidade, mas, na prática, reforçou um padrão ultrapassado. “Falam sobre inclusão, sobre aceitar todos os tipos de beleza, mas quando aparece uma mulher forte, com músculos definidos, o discurso muda. Isso é hipocrisia. É preconceito estético”, afirma.
Wanessa, que coleciona faixas e coroas de competições nacionais e internacionais – entre elas Miss Fitness Brasil, Musa do Verão e Miss Beleza Internacional, Musa do Brasileirão, Miss Fitness World e Musa do Brasil –, disse ter recebido a notícia com tristeza e anuncia o fim da sua carreira em concursos.
“Não me arrependo de nada. Tenho orgulho do meu corpo e da mulher que sou, que me tornei. Sou educadora, nutricionista, biomédica atleta, modelo, mãe… Ser fitness é um estilo de vida, não um defeito. Prefiro perder um título a ter que mudar quem eu sou para caber em um padrão. Chega ao fim o ciclo nos concursos, isso me fez desanimar de tudo”.

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