

Embora essa fase seja apenas classificatória, o participante pode aumentar a nota final e ampliar as chances de conquistar uma vaga no serviço público federal
Por JÚLIA GALVÃO - Estado de Minas
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O CNU (Concurso Nacional Unificado) encerra nesta terça-feira (25/11) o período de envio dos documentos para a prova de títulos. Os candidatos convocados poderão encaminhar os títulos até as 23h59 por meio do site da FGV Conhecimento, banca responsável pela seleção.
O envio deve ser feito em formato de imagem ou PDF do documento original ou cópia autenticada. A prova de títulos avalia documentos que comprovem formação acadêmica -como cursos e pós-graduações- na área de atuação do cargo escolhido.

Essa fase é apenas classificatória, ou seja, não elimina o participante, mas pode aumentar a nota final e ampliar as chances de conquistar uma vaga no serviço público federal. A nota máxima que o candidato poderá obter na avaliação de títulos será de dois pontos para nível intermediário e de cinco pontos para nível superior, ainda que a soma dos valores dos títulos apresentados possa superar esses números.
Letícia Bastos, professora do Gran Concursos, diz que essa etapa está presente em todos os blocos de nível superior (blocos 1 a 7) e, no nível intermediário, é adotada por apenas algumas especialidades.
Como a prova de títulos tem caráter classificatório, a professora afirma que ela pode ser o fator de desempate entre candidatos com notas muito próximas.
“Em concursos tão amplos e disputados como o CNU, qualquer ponto pode reposicionar um candidato na lista final de classificação, especialmente em carreiras com muita concorrência. Por isso, mesmo que o peso seja menor em relação à prova objetiva e discursiva, não deve ser negligenciado”, diz.
O resultado preliminar dessa fase está previsto para o dia 8 de janeiro de 2026.
São aceitos diplomas, certificados e declarações de conclusão emitidos em papel timbrado da instituição, com indicação da data de conclusão -que não pode passar da data do envio da documentação-, bem como carga horária e assinatura e carimbo da instituição.
Candidatos ainda podem apresentar títulos relativos a livros, artigos, cursos técnicos e escolas de idiomas, sob especificações indicadas no edital.
Para diplomas de mestrado e doutorado emitidos no exterior, só serão aceitos aqueles reconhecidos por instituições de ensino superior brasileiras que possuam cursos de pós-graduação stricto sensu avaliados pelo MEC (Ministério da Educação) na mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior. Documentos emitidos em língua estrangeira precisam estar traduzidos para o português por tradutor juramentado.
Outros comprovantes, como protocolos, requerimentos ou atas de defesa, não geram pontuação. Não serão computados como título os diplomas, certificados ou declarações de conclusão de curso exigidos como requisito básico para o cargo. Documentos inseridos em categorias incorretas também serão desconsiderados.
Segundo a professora do Gran Concursos, o candidato pode organizar de forma estratégica sua documentação, procurando evidenciar claramente qualquer especialização, curso lato sensu ou certificação reconhecida que seja aceita pelo edital.
“É importante que os documentos estejam em perfeita ordem, com ficha ou lista clara dos cursos concluídos, carga horária, data de conclusão e instituição. Essa apresentação correta facilita a avaliação e evita perdas de pontos por falhas formais”, adiciona Letícia.
Ela afirma que, ainda que a quantidade de títulos não seja grande, a qualidade, pertinência e apresentação fazem diferença quando a disputa está muito acirrada.
Letícia diz que é essencial ler atentamente o edital específico da carreira e do bloco para entender quais títulos serão aceitos, os critérios de pontuação e os documentos exigidos (certificados, declarações, históricos, entre outros).
“O candidato deve garantir que todos os documentos estejam legíveis, atualizados e devidamente autenticados, caso exigido. Uma boa prática é criar um checklist com base no edital e revisar item por item antes do envio”, diz. Ela adiciona ainda que, se possível, vale a pena pedir a alguém de confiança que revise.

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