O “Desafio do Apagão”, assim como outros parecidos, está na internet deste os primórdios desta era digital e agora, com a popularização do TikTok, voltou a ser assunto entre os usuários, colocando em risco a vida de diversas crianças e adolescentes. Na última semana, um garoto de 12 anos perdeu a vida após tentar o chamado “desafio do apagão”, mais um desses perigosos challenges virtuais. A informação foi divulgada por meio de uma campanha no site GoFundMe, criada por um familiar da vítima.
A polícia de West Yorkshire confirmou que a morte aconteceu na cidade de Castleford, na Inglaterra, na última sexta-feira (27), segundo informações do canal local Yorkshire Live. “A polícia foi chamada por colegas da ambulância para um endereço em Manor Grove, Castleford, às 18h06, após relatos de preocupação com a segurança de uma criança”, disse a instituição à emissora em um comunicado.
Ainda conforme a nota, os policiais se dirigiram ao local indicado e o menino foi socorrido até o hospital, onde, mais tarde, teve a morte confirmada. A causa da morte está sendo apurada por um legista, mas, de acordo com as autoridades, não há indícios de crime.
A campanha de arrecadação no GoFundMe, criada logo após o ocorrido, foi organizada por Agnieszka Czerniejewska. Ela identificou o garoto apenas como Sebastian e escreveu que “um desafio perigoso na internet tirou sua vida”.
“Sebastian perdeu a vida por causa de um desafio online”, compartilhou ela, referindo-se ao desafio do apagão, antes de mencionar sua família. “Seus pais lhe deram todo o amor e carinho do mundo, mas aquele momento on-line mudou tudo”.
O chamado “desafio do apagão” consiste em provocar intencionalmente a perda de consciência por sufocamento. Essa prática reduz o fluxo de oxigênio para o cérebro e pode causar lesões cerebrais graves ou até a morte, como no caso de Sebastian. Segundo o jornal The Independent, ao menos 20 mortes foram relacionadas ao desafio em um período de 18 meses, sendo 15 delas de crianças com 12 anos ou menos.
“Sebastian tinha apenas 12 anos. Um menino cheio de sonhos, paixão e um talento incrível. Aprendeu sozinho a tocar violão e teclado e adorava desenhar. Sempre sorridente, gentil e cheio de alegria, todos que o conheceram ficaram tocados por seu espírito gentil”, ela disse na campanha no GoFundMe.
Agnieszka, responsável pela iniciativa que já arrecadou mais de US$ 4.100,00 (R$ 22.448,73), aproveitou o espaço para deixar um alerta a outros pais: incentivou que eles “conversem com seus filhos sobre o que eles fazem on-line”.
“Pergunte o que eles assistem, com quem conversam, o que os inspira. Esteja presente. Não presuma: ‘Meu filho jamais faria isso’. O mundo online pode ser tão perigoso quanto o mundo real, às vezes até mais”, escreveu ela.
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