Diretor acusa Didi de ‘esconder’ filha lésbica do público

O humorista Renato Aragão, conhecido por eternizar o personagem Didi Mocó e conquistar o público brasileiro há cerca de 50 anos, está no centro de uma polêmica que envolve sua filha adotiva, Juliana. A informação veio à tona por meio de Rafael Spaca, diretor responsável por comandar um documentário sobre “Os Trapalhões”, grupo humorístico do qual Renato fez parte.

Segundo Spaca, Juliana costuma ser “escondida” parte da família paterna, além de ser alvo de comportamentos e comentários preconceituosos por conta de sua orientação sexual. “Ele mora, e pouca gente sabe disso, ele, a mulher, a Lilian, e a filha, Livian [na mansão]. Isso é o que todo mundo sabe. Mas dentro dessa casa dele tem uma outra filha, chamada Juliana, que eles escondem”, afirmou ele em entrevista ao podcast “Saladacast”.

O diretor ainda revelou que Juliana foi adotada ainda na época em que o comediante era casado com Marta Rangel, sua primeira esposa. Ele detalhou também que, apesar de morar na mesma casa que o intérprete de Didi, a convivência familiar é conturbada, e Juliana seria frequentemente tratada com indiferença. “A Juliana foi adotada pelo Renato e pela Marta Rangel, que foi a primeira esposa dele (…) Ela pouco aparece [a Juliana]. Ela tem uma filha, mas hoje ela namora uma mulher. A Juliana, e não é desmerecer a categoria, trabalha de Uber hoje (…) Ela fez vaquinha para pagar algumas coisas da conta dela”, contou Spaca.

“[Ela] trabalha de Uber, tomou calote da Lilian e do Renato, não pagam ela. Ela é um corpo estranho dentro da casa. Por ela ser o que ela é, e hoje namorar uma mulher, tem uma espécie de preconceito quanto a isso. De fazer falas, piadinhas atravessadas, pra menina”, completou o diretor do filme “Trapalhadas Sem Fim”.

Apesar de ser filha de um dos comediantes mais conhecidos do país, Juliana recorre, em algumas ocasiões, a campanhas online para arcar com seus custos básicos. Em 2021, por exemplo, ela organizou uma vaquinha para levantar R$ 550 e comprar medicamentos para tratar sua asma. Já em 2023, voltou a pedir ajuda, dessa vez buscando R$ 2.000 para consertar o ar-condicionado do veículo que usa para trabalhar. “Estou trabalhando no calor e passando mal, pois sou asmática. Não estou conseguindo juntar o dinheiro para pagar o conserto”, justificou.

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