Evelyn Regly diz ter perdoado abusador: ‘Não sou obrigada a conviver’

Durante o podcast “Vaca Cast”, na última terça-feira (26), a apresentadora Evelyn Regly lembrou um período complicado de sua vida, quando era abusada sexualmente por um tio na infância. Durante a conversa, a youtuber revelou que, embora já tenha desejado a morte desse familiar, hoje em dia já o perdoou. No entanto, ela fez questão de frisar que voltará a conviver com ele.

Ao comentar a situação, a criadora de conteúdo contou ter se sentido culpada por ter raiva da pessoa. “Eu perdoei o abusador que me abusou quando eu era criança. Eu perdoei porque não carrego mais aquela mágoa de desejar o mal, porque eu já tive essa vontade de desejar a morte. Isso é ruim para você… e eu pedi perdão a Deus porque não quero sentir isso por ninguém”, disse.

Evelyn Regly ainda explicou a diferença entre perdoar e manter contato. “Porque quando eu falo de perdão, muita gente acha assim ‘então eu tenho que perdoar e eu tenho que conviver’, eu não sou obrigada a conviver, jamais, eu não quero nunca, não sou obrigada a ter essa pessoa na minha vida, mas eu liberei esse perdão e isso faz bem”, afirmou.

A violência contra Evelyn Regly

Em uma outra ocasião, Regly contou ter sido violentada por um tio de criação, que foi adotado pelos avós dela aos 18 anos. Segundo o relato, os abusos tiveram início quando ela tinha apenas 7 anos, quando passou a ser cuidada pela avó para que a mãe pudesse trabalhar. “Minha mãe, coitada, nunca ia imaginar. Eu comecei a sofrer esses abusos e eu não entendia aquilo. Abuso sexual é mostrar parte íntima, tocar, praticar o ato mesmo, são várias formas de abuso. Ele começou a me tocar. Eu não entendia aquilo, mas ele só deixava eu jogar o videogame [dele] se ele me tocasse. Eu era criança, então, eu não entendi aqui. Isso se estendeu por muitos anos. Sempre leve, me tocava, mostrava as partes íntimas. Eu nem sabia o que era, mostrava se masturbando”, lembrou ela.

A influenciadora digital contou que passou a sentir vergonha quando então o que de fato acontecia e que, embora não tivesse contado aos pais, eles acabaram descobrindo. “Meu pai foi até lá e quebrou o pau. Nada foi feito. Não culpo o meu pai, ele não tinha o que fazer. Ele não pode fazer justiça com as próprias mãos. Uma coisa que tenho muita mágoa é que, dessa família, todos, acobertaram. O tempo foi passando, ele abusou de outras crianças da família, filhos de vizinhos, vários assuntos vieram à tona. E só uma pessoa da família foi até o fim, foi na polícia, denunciou. E sabe o que aconteceu? Os irmãos de criação e da família passavam pano. Diziam que ele tinha problema, que foi adotado, sofreu abuso de onde veio. Ele é normal, ele sabia perfeitamente o que tava fazendo”, desabafou.

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