O padre Fábio de Melo publicou um desabafo nas redes sociais após um suposto atendimento ruim em na cafeteria Havanna em Joinville, Santa Catarina, e agora a situação deve ser resolvida na Justiça. O ex-gerente Jair José Aguiar da Rosa, que conta com o apoio do sindicato da categoria, entrou com um processo contra o padre. Além disso, ele também entrou com uma ação trabalhista contra o estabelecimento onde trabalhava.
Na última quinta-feira (29), o Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade, Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sitratuh) divulgou um comunicado nas redes sociais informando que vem dando suporte ao ex-gerente desde que o caso ganhou repercussão nacional, inclusive com assistência jurídica. Segundo o advogado Eduardo Tocilo, “No dia seguinte à demissão, ele procurou o sindicato e foi acolhido. Estava profundamente abalado e, imediatamente, a presidente encaminhou para o jurídico para as providências. A ação cível contra o influenciador religioso já foi distribuída, e está em trâmite. Agora, será protocolada a ação trabalhista contra a empresa.”
A defesa de José Aguiar destaca que celebridades como o padre Fábio de Melo frequentemente utilizam sua exposição para fazer o chamado “exposed”, o que pode prejudicar gravemente a reputação de pessoas comuns. Tocilo afirmou: “É importante que essa repercussão sirva para alguns aprendizados, principalmente para influenciadores digitais […] e empresas também, que tentam fugir dessa exposição e, ao invés de resolver o problema efetivamente, colocam, tentando se blindar, a culpa nos trabalhadores. Então, que esse caso sirva de lição.”
Cerca de um mês depois de ser demitido, o ex-gerente revelou estar enfrentando problemas sérios de saúde mental. Em entrevista ao programa “Tá na Hora”, do SBT, ele disse estar passando por depressão e que precisou interromper a faculdade a poucos meses da formatura. “Minha vida está virada, ainda não consegui absorver tudo isso. Fui obrigado a trancar a faculdade porque estou entrando em depressão. Fui diagnosticado com três síndromes diferentes, porque a exposição foi muito grande. Tenho muito medo de sair na rua. A vergonha é muito grande”, contou.
Ele também questionou a postura do padre e explicou como aconteceu o episódio. “Eu queria que ele explicasse por que fez isso comigo. Porque, como é visto nas câmeras de segurança, em momento algum eu falo com ele. Na verdade, quem questiona sobre esse doce de leite nem é o padre, é um cara bombadinho, bem fortinho, de regatinha vermelha. Ninguém chamou o padre. Não falei com ele nem ele falou comigo”, revelou na entrevista.
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