Em fevereiro deste ano, um homem de 32 anos, que estava sendo mantido em cativeiro pela madrasta havia cerca de 21 anos, foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros. A situação ocorreu em Connecticut, nos Estados Unidos, e veio à tona depois que a casa em que ele estava preso pegou fogo. A vítima foi encontrada desnutrida, e a mulher responsável por mantê-lo em cárcere privado, Kimberly Sullivan, de 56 anos, foi presa pela polícia de Waterbury.
Na ocasião, ao perceber que a casa em que morava estava em chamas, a suspeita ligou para a emergência, e a equipe dos bombeiros a retirou do imóvel assim que chegou para atender ao chamado. No entanto, os profissionais foram surpreendidos ao encontrar o enteado de Kimberly dentro de um pequeno quarto, tossindo devido à fumaça e apresentando ferimentos. O homem revelou que vinha sendo mantido naquele cômodo pela madrasta havia muito tempo e, por isso, decidiu atear fogo no local, na esperança de conseguir escapar do cativeiro. “Eu quero minha liberdade”, ele disse em um comunicado divulgado pelo Departamento de Polícia de Waterbury.
Durante as investigações, as autoridades estadunidenses concluíram que Kimberly Sullivan manteve o enteado em cativeiro desde que ele tinha 11 anos de idade. Ainda de acordo com a polícia, o homem, que não teve o nome divulgado, teria sofrido “abuso prolongado, fome, negligência severa e tratamento desumano”. A vítima, que foi encontrada pesando apenas 31 kg, tinha pouco acesso à água e à comida, além de não ter recebido cuidados médicos e odontológicos nos últimos 21 anos em que permaneceu presa no pequeno cômodo.
“O sofrimento que essa vítima suportou por mais de 20 anos é comovente e inimaginável”, afirmou Fernando Spagnolo, chefe de polícia de Waterbury, em um comunicado. A madrasta da vítima foi presa na última quarta-feira (12) e está sob custódia do Departamento de Correção de Connecticut, acusada de diversos crimes, como prisão ilegal, sequestro e agressão. Apesar disso, a defesa de Kimberly Sullivan classificou a situação como “absurda” e negou que ela tenha mantido o enteado em cárcere privado.
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