

Homem de 24 anos apresentou versão falsa do Diário Oficial da União com sua promoção e pediu dinheiro para fazer curso na Interpol
Por Ivan Drummond – Estado de Minas
A Polícia Militar prendeu na noite dessa quarta-feira (19/11) um homem de 24 anos que se passava por major do Exército. André Lefon Ribeiro de Souza Martins utilizava a identificação falsa para enganar a namorada e a família dela, em quem aplicou um golpe que lhe rendeu R$ 51 mil.
A prisão de André ocorreu no apartamento onde vivia, no Bairro Nova Suíça, Região Oeste de Belo Horizonte.
Está não foi a primeira vez que André aplicou um golpe como esse. Em 2022, ele foi preso em Varginha, no sul de Minas Gerais, por se passar por médico. Em ambos os casos o indiciamento é por falsidade ideológica.
A prisão do falso major ocorreu por volta de 23h, após a PM receber a denúncia de moradores do prédio, que disseram que André estaria andando pelos corredores do edifício, com uma arma em punho e que fazia ameaças à namorada, dizendo que era major do Exército e que poderia matá-la.
Quando os policiais chegaram ao prédio, André, ao ser abordado pelos policiais, negou ser oficial do Exército e disse que tinha, apenas, se alistado.
No Boletim de Ocorrência (BO) da Polícia Militar consta que André chegou a se casar usando farda de major e apresentou até uma certidão de união falsa.
Pesa, ainda contra André, a acusação de ter aplicado golpes de mais de R$ 50 mil em familiares da namorada.
Nesse caso, ele contou que tinha sido aprovado num concurso para a Interpol, mas que precisava de fazer alguns cursos exigidos pelo cargo, mas que não tinha dinheiro para fazê-lo. E dizia, também, que era obrigatório fazer esse curso.
As histórias de André, no entanto, foram, aos poucos, sendo descobertas. Segundo o pai da namorada, o homem teria enviado um documento falso do Diário Oficial da União, onde constava a sua promoção para o posto de major. Ainda, na falsa publicação, um currículo por suas passagens em unidades do Exército.
Quando inventou ter sido aprovado em concurso da Interpol, alegou não ter dinheiro para os cursos e conseguiu que parentes da namorada doassem um total de R$ 51.852,97.
E a partir do momento que mostrou os documentos falsos, conseguiu permissão, da família da namorada, para morar com ela.
Ele foi preso em flagrante pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato, usurpação de função pública e uso indevido de uniforme, distintivo ou insígnia militar.

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