A história dos irmãos que encontraram 32 milhões em cruzados nas coisas do pai surpreendeu muitos habitantes do estado de Tocantins. O relato da descoberta foi divulgado pela TV Anhanguera na última segunda-feira (28), que mostrou o alto montante de dinheiro do século passado. De acordo com os filhos do falecido, a quantia foi encontrada dentro de uma mala que ficava no quarto do homem.
“Ele faleceu, nós entrávamos na casa dele e não mexíamos em nada. Até que encontramos uma mala cheia de dinheiro”, contou Waloar Pereira Magalhães, técnico em manutenção e filho do homem. A “herança” encontrada pelos parentes do homem é composta por moedas e também cédulas do cruzado. Esta moeda circulou pelo Brasil entre os anos de 1986 e 1989, durante o governo do presidente José Sarney. No entanto, o cruzado não permaneceu sendo a moeda oficial do país por muito tempo, tendo sido substituído logo em seguida pelo Cruzado Novo (1989-1990), o Cruzeiro (1990-1993), o Cruzeiro Real (1993-1994). O Real, moeda usada até os dias de hoje, veio logo em seguida.
Conforme as informações fornecidas por especialistas, para a tristeza de Waloar e os irmãos, as notas e moedas encontradas já não têm mais qualquer valor financeiro, embora possa interessar colecionadores. Ainda assim, de acordo com André Luiz Padilha, presidente do Clube Numismático do Rio de Janeiro, o dinheiro encontrado pode não atingir o valor esperado. “O fato de terem encontrado as cédulas dobradas, já todas unidas, com manchas, marcas, dobras, e por serem cédulas que tiveram uma grande produção, uma grande impressão, elas têm um valor numismático já muito baixo comparado às cédulas muito novas. Então, as cédulas gastas já não têm mais valor nenhum”, explicou.
A numismática consiste, basicamente, no estudo de objetos como moedas, fichas ou medalhas. Em alguns casos, o vendedor pode conseguir um bom retorno financeiro caso venda algo considerado raro pelos colecionadores. André Luiz Padilha ainda falou sobre a importância do achado para a história brasileira. “Essa coleção, você pode doar para um colégio, para instituições de ensino ou de preservação da história da cidade, como museus, casas de cultura, para que eles possam trabalhar essas cédulas com as crianças”, sugeriu.
Em entrevista, Waloar Pereira Magalhães revelou que ele e os irmãos ainda têm a esperança de conseguir vender os cruzados encontrados nas coisas do pai ou então de conseguir trocar o dinheiro por reais. “Se Deus ajudar, e ainda tiver um jeitinho no banco de fazer a transformação dele, dava para a gente começar uma nova vida”, disse ele.
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