Nesta segunda-feira (14), o g1 divulgou a história de uma mulher que recebeu um falso diagnóstico de HIV, no Rio de Janeiro. Por conta desse erro, a bebê dela, que nasceu prematura, começou a ser submetida a um tratamento para soropositivos logo após chegar ao mundo. De acordo com Tatiane, o laboratório responsável por realizar o exame foi o PCS Lab Saleme, o mesmo que a atribuiu um falso negativo a órgãos acabaram infectanto seis pacientes transplantados. A criança passou 28 dias tomando o coquetel de remédios.
Conforme as informações relatadas por Tatiane, ela recebeu falso diagnóstico de HIV no último dia 19 de setembro de 2023, logo após dar a luz à filha prematuramente, aos 7 meses de gestação. Por conta do falso positivo, ela não pôde amamentar a bebê para evitar que ela fosse contaminada pela doença e, com isso, precisou tomar medicamentos para que o leite secasse. A mulher de 30 anos também acabou desenvolvendo estresse pós-traumático por acreditar era soropositivo.
O exame foi feito na maternidade particular NeoMater, que contrata o laboratório PCS Lab Saleme para realizar os exames, no dia em que Tatiane deu à luz. “Quando o resultado saiu, no dia 19 de setembro de 2023, foi o médico e a psicóloga do hospital para me darem a notícia. Naquele momento, meu mundo acabou. Eu, que já estava debilitada, pois tinha acabado de ter uma filha e ainda mais prematura, pedia para Deus que a minha bebê não tivesse nada”, contou ela.
De acordo com o g1, o documento com o resultado foi assinado por Walter Vieira, que é ginecologista e sócio do laboratório. Vale lembrar que o médico foi preso durante a Operação Verum nesta segunda-feira por ter assinado o laudo com um falso negativo de um órgão infectado pela doença. Tatiane ainda contou que estava juntando provas para processar a maternidade e também o laboratório PCS Lab Saleme, mas que decidiu registrar um boletim de ocorrência na 56ª DP ao ver a notícia dos seis pacientes infectados.
A mulher contou que a maternidade então deu início ao protocolo especial, que acontece quando uma mãe só descobre que tem a doença na hora do parto. “Colheram meu sangue e minha filha nasceu. Porém, algumas horas depois, um médico foi e me disse que o teste deu positivo pra HIV e que minha filha, com minutos de vida, começaria a tomar o coquetel. Eu só me desculpava para o meu esposo falando que eu não fiz nada e pedia desculpa pra ele se caso o tivesse contaminado”, detalhou.
Tatiane também revelou que o hospital chegou a fazer um outro exame ainda mais aprofundado para ter certeza do diagnóstico positivo para HIV, mas que não chegou a receber o resultado, então resolveu procurar um outro laboratório para realizá-lo. Após isso, a família passou mais 26 dias esperando pela nova análise e, no dia 10 de outubro, foi surpreendida quando os testes da mãe e do pai deram negativo.
A dona de casa ainda contou que decidiu correr atrás do resultado do segundo exame feito na maternidade ao receber a notícia. No entanto, ao chegar ao local, o hospital afirmou que o documento era responsabilidade do laboratório, enquanto o PCS Lab Saleme afirmava que o hospital deveria fornecê-la os papéis. “Fui na sede de Nova Iguaçu e me disseram que não era meu direito pegar o resultado. Só depois que ameacei processar e chamar a imprensa que emitiram meu resultado, em janeiro desse ano”, contou ela.
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