Oscar é acusado de etarismo após Fernanda Torres não levar prêmio

A cerimônia de entrega do Oscar aconteceu na noite do último domingo (2) e a atriz Fernanda Torres não levou o tão sonhado e aguardado prêmio de “Melhor Atriz” para casa. Quem conquistou o troféu foi a estadunidense Mickey Madison, de 25 anos, que protagonizou o filme “Anora”, e a repercussão negativa do desfecho da premiação foi automática. Assim que o nome da jovem foi anunciado, a Academia passou a ser acusada de etarismo por internautas.

As favoritas a levar o prêmio eram Fernanda Torres, que interpretou Eunice Paiva no filme “Ainda Estou Aqui”, e também a estadunidense Demi Moore, que deu vida a Elisabeth Sparkle em “A Substância”. O citado filme de terror conta a história da apresentadora de um programa de ginástica que é demitida e então decide experimentar uma droga do mercado clandestino, que promete criar uma versão mais jovem e aprimorada dela.

Nos comentários deixados no perfil da Academia no Instagram, usuários apontaram que o fato de uma atriz tão nova ter levado o prêmio em cima de veteranas era exatamente a mensagem que o filme estrelado por Demi Moore queria passar. “O roteiro de ‘A Substância’ é real…”, escreveu uma pessoa. “O filme ‘A Substância’ nunca fez tanto sentido! Fernanda e Demi roubadas!”, acusou um internauta. “A história de ‘A Substância’ na vida real foi encenada no Oscar, a novinha ganhou das brilhantes coroas. Lamentável”, disse um usuário.

O filme estrelado por Fernanda Torres ganhou um Oscar

Para a felicidade e histeria do povo brasileiro, “Ainda Estou Aqui”, filme adaptado do livro de Marcelo Rubens Paiva e dirigido por Walter Salles, ganhou o Oscar de “Melhor Filme Internacional”, tornando-se a primeira produção brasileira a levar o prêmio. Durante o discurso de agradecimento, o diretor não deixou de agradecer à mulher que deu vida à protagonista. “Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande em um regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir… Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, disse ele.