O ator Raul Gazolla falou abertamente sobre um dos episódios mais dolorosos de sua vida: o assassinato de Daniella Perez, filha da autora Glória Perez. O artista, que era casado com a jovem atriz na época em que ela foi morta por Guilherme de Pádua em 1992, refletiu sobre o impacto da tragédia e como a morte do ex-ator influenciou o comportamento da autora de novelas.
Durante uma entrevista concedida à revista Veja, Raul Gazolla declarou que se sentiu aliviado ao saber do falecimento de Guilherme de Pádua, ocorrido em novembro de 2022, em decorrência de um infarto. “Eu agradeci ao universo e disse: ‘poxa, o mundo respira melhor hoje’. Partiu alguém que nem deveria ter nascido”, disse. Ele ainda defendeu a existência de punições mais severas, como prisão perpétua ou pena de morte, para casos semelhantes.
O artista declarou que desejava que Guilherme tivesse passado o resto da vida encarcerado pelo assassinato de Daniella. “Assim como acredito que esses assassinos, psicopatas, pessoas doentes, o assassino da Dani, eles não podem conviver na sociedade, têm que ter prisão perpétua. Mas aqui a gente não tem nem pena de morte. Não sei se houvesse pena de morte os crimes seriam menos, não acredito nisso. Mas acredito que se elimina um perigo da sociedade quando se condena um assassino confesso, com nível de psicopatia”, comentou.
Ainda na entrevista, Raul Gazolla observou que a autora Glória Perez, depois de anos de luto, demonstrou um alívio visível após a morte do responsável pelo crime. Segundo ele, essa mudança foi notável. “Só agora, depois de 32 anos, que vi a Glória [Perez] sorrir. Veja a dor que a gente carrega. O pai da Dani não conseguiu carregar essa dor, sucumbiu e morreu de tristeza”, relembrou o ator. Luiz Carlos Saupiquet Perez, pai da falecida atriz, faleceu dois anos após o crime, em decorrência de leucemia.
Continuando seu relato, Gazolla refletiu sobre como seria lidar com uma perda semelhante atualmente. “Acho que se perdesse uma filha talvez não morresse, porque tenho outras duas e teria de ter forças suficientes para segurar a onda. Mas não consigo imaginar. Um pai não pode perder uma filha, uma mãe não pode perder um filho”, concluiu.
Guilherme de Pádua, que confessou ter assassinado Daniella Perez, faleceu em Belo Horizonte. Na época, a Igreja Batista da Lagoinha, onde ele atuava como pastor desde 2017, confirmou a notícia.
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