As parabólicas redondas não receberão mais o sinal de televisão a partir deste domingo (30/3)
Por Pedro Grigori via Correio Braziliense
Lembra daquelas antenas parabólicas redondas, muito populares nos anos 1990 e no começo dos anos 2000? Pois é, o sinal de televisão transmitido por elas será desligado até o final de 2025. Neste domingo (30/3), a Rede Globo já desligará o sinal, e as concorrentes farão o mesmo nos próximos meses.
O serviço será descontinuado para “limpar” a frequência de banda usada pelas parabólicas não-digitais, que agora será utilizada para o tráfego do sinal móvel de internet 5G no Brasil.
Carlos Baigorri, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), explica que a mudança ocorre para trazer um importante avanço da infraestrutura no Brasil. “A liberação da faixa de frequência da parabólica tradicional é essencial para a implantação do 5G no país sem interferências. Esse é um processo previsto no edital da Anatel e que está sendo executado de forma a minimizar impactos para a população”, explica Baigorri.
Cerca de 10 milhões de brasileiros ainda recebem sinais de televisão por antenas parabólicas antigas — a maioria em áreas rurais do país.
Os telespectadores que ainda usam parabólicas não-digitais têm algumas opções para continuar a receber o serviço. A principal é a troca da antena por uma parabólica mais moderna, que utilize a Banda KU. O novo formato de antena é bem menor do que a parabólica redonda e transmite som e imagem com mais qualidade.
O governo federal vai disponibilizar gratuitamente a nova parabólica digital para famílias de baixa renda inscritas no CadÚnico até o dia 30 de junho. O serviço é realizado pela Siga Antenado, instituição sem fins lucrativos criada por determinação da Anatel para apoiar a população durante a mudança. O agendamento pode ser feito pelo site ou pelo telefone 0800 729 2404.
“A troca para a parabólica digital melhora a experiência do telespectador, ampliando a oferta de canais e trazendo um som e imagem mais nítidos. Estamos garantindo que as famílias de menor renda possam fazer essa adaptação sem custo”, diz o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
Além da parabólica digital, há ainda opções como as antenas portáteis e a “espinha de peixe”, que apresentam suporte para TV digital.
As principais emissoras do Brasil também já exibem a programação pela internet, por meio de aplicativos e plataformas de streaming.
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