No último domingo (5), a mulher suspeita de envenenar com arsênio um bolo comido por uma família no Rio Grande do Sul foi presa preventivamente. Deise Moura dos Anjos era nora de uma das vítimas e deverá ficar presa por 10 dias até que as autoridades concluam as investigações. De acordo com a Polícia Civil, a mulher teria feito pesquisas na internet sobre a substância tóxica, além de ter tido a intenção de cometer o crime. Apesar das evidências, os responsáveis não quiseram divulgar detalhes da motivação ou das provas para não comprometerem o caso.
Conforme as informações divulgadas pela Polícia, Deise Moura dos Anjos foi encaminhada ao Presídio Estadual Feminino de Torres. Ela está sendo investigada pelos crimes de triplo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de veneno e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada.
De acordo com a responsável pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), Marguet Mittman, o que teria contaminado o bolo consumido pela família foi a farinha. “Foram identificadas concentrações altíssimas de arsênio nas três vítimas. Tão elevadas que são tóxicas e letais. Para se ter ideia, 35 microgramas já são suficientes para causar a morte de uma pessoa. Em uma das vítimas, havia concentração 350 vezes maior”, explicou a diretora da instituição.
Outra prova revelada pelos investigadores foi o histórico de buscas da suspeita no Google. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), um relatório preliminar apontado que foi feita uma “busca na internet, inclusive no Google shopping, pelo termo arsênio e similares”. De acordo com as informações conseguidas com a Polícia Civil pela RBS TV, a pesquisa teria sido realizada dias antes do ocorrido.
Durante uma coletiva de imprensa, o delegado responsável pelo caso, Marcus Vinícius Veloso, revelou que são “robustas as provas que apontam que ela (Deise Moura dos Anjos) é a autora [dos crimes]” e que “Ela teve a intenção de cometer o crime. Foi um crime doloso”. Agora dos investigadores trabalham para identificar o alvo da suspeita, além de tentarem descobrir como ela teve acesso ao veneno e também quando ele foi misturado à farinha. Até o momento, 3 pessoas morreram, uma está internada em estado estável e uma criança de 10 anos recebeu alta na útima sexta-feira (3).
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