O caso trágico ocorrido em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, segue sendo investigado pelas autoridades após a descoberta de arsênio no sangue de uma das vítimas fatais e de dois sobreviventes que ingeriram bolo durante uma confraternização familiar. A substância, altamente tóxica, foi identificada nas primeiras análises laboratoriais realizadas pelo Hospital Nossa Senhora dos Navegantes.
Segundo informações do delegado Marcos Vinícius Veloso, responsável pela investigação, amostras de sangue foram coletadas de Neuza Denize Silva dos Anjos, que faleceu após consumir o bolo, e de uma mulher e seu sobrinho-neto de 10 anos, que permanecem internados, mas estão em estado estável. O delegado confirmou que a presença de arsênio foi detectada em todos os envolvidos.
O hospital enviou as amostras para o Centro de Informação Toxicológica, onde a substância foi identificada no sangue das vítimas. A mulher que preparou o bolo foi a única a consumir duas fatias e apresentou a maior concentração de arsênio. A polícia investiga se o caso se trata de envenenamento deliberado ou se ocorreu devido a uma intoxicação alimentar acidental.
O arsênio é uma substância altamente tóxica, capaz de causar sérios danos à saúde. Sua ingestão pode levar à morte, caso em níveis elevados no organismo, e é conhecida por seus efeitos prejudiciais ao sistema nervoso, cardiovascular e gastrointestinal.
Além de Neuza, outras duas pessoas faleceram com poucas horas de diferença após consumir o bolo. Tatiana Denize Silva dos Santos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória, conforme relatado pelo hospital. As autoridades locais continuam as investigações para esclarecer as causas exatas da tragédia e prevenir futuros incidentes.
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